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Assim lutam para salvar o planeta os Amigos da Terra

Buscam promover soluções que ajudarão a criar sociedades baseadas na sustentabilidade ambiental e na justiça social

Amigos de la Tierra
Amigos da Terra A organização Amigos da Terra busca salvar o planeta

A Amigos da Terra Internacional é a maior federação ambientalista de base do mundo, com 73 grupos membros nacionais e milhões de membros individuais e seguidores em todo o planeta.

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Esta organização foi fundada em 1971 por quatro organizações da França, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos. A federação, que atualmente conta com 73 grupos membros nacionais, inicialmente consistia em reuniões anuais de ambientalistas de diferentes países que concordavam em realizar campanhas conjuntas sobre temas cruciais, como energia nuclear e caça de baleias.

Uma das divisões da ATI é a Amigos da Terra América Latina e Caribe (ATALC), que reúne as organizações membros em 14 países da América Latina e Caribe. Em conjunto com a ATI, trabalham para combater o atual modelo de globalização econômica e corporativa, e promovendo soluções que ajudarão a criar sociedades baseadas na sustentabilidade ambiental e justiça social.

“A ATI e a membresia latino-americana trabalham em direção a uma mudança de sistema que permita alcançar a visão de um mundo pacífico e sustentável baseado em sociedades que vivem em harmonia com a natureza”, explica Amigos da Terra América Latina e Caribe.

ATALC foi construída a partir do trabalho das organizações membros no México, Honduras, El Salvador, Costa Rica, Colômbia, Paraguai, Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Curaçao, Haiti, Granada e Equador.

Estas organizações nacionais realizam campanhas de denúncia e sensibilização; trabalho conjunto e de apoio às comunidades e povos afetados nos territórios, assim como pesquisa participativa sobre temas relevantes para a ecologia social, entre outras atividades.

O Metro conversou com Danilo Urrea, Facilitador Regional ATALC, para saber mais sobre o seu trabalho.

O que os levou a fundar esta organização?

A maioria das organizações membros surgiu nos anos 80 em resposta a questões socioambientais nacionais/locais e posteriormente se uniram à Amigos da Terra Internacional.

Nas décadas de 80 e 90, organizações Amigos da Terra na América Latina e no Caribe se articularam com outras organizações para resistir aos processos de mercantilização da natureza e à ofensiva neoliberal, contida, por exemplo, na Iniciativa das Américas do Presidente George Bush. Além disso, trabalharam em conjunto com outras organizações e movimentos em preparação para a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro e o Fórum de ONGs e Movimentos Sociais, a fim de consolidar uma visão do Sul e da região.

- Garantir o empoderamento dos povos indígenas, comunidades locais, mulheres, grupos e indivíduos, e assegurar a participação pública na tomada de decisões.alecer a articulação das lutas pela justiça social, ambiental, econômica, de gênero e soberania de nossos povos, juntamente com os movimentos sociais aliados. ATALC é uma organização regional com membros em 14 países da América Latina e do Caribe.

P: Quais são alguns dos projetos atuais da ATALC?

Junto com organizações e movimentos aliados, defendemos o direito dos povos de definir suas políticas, estratégias e sistemas alimentares, energéticos, econômicos e de gestão da biodiversidade, ecológicos e justos, e trabalhamos juntos.

Lutamos para reverter o avanço do capital e sua ânsia privatizadora e mercantilizadora sobre nossos territórios e sociedades e realizamos campanhas contra as políticas neoliberais, tanto comerciais quanto de investimentos. Participamos ativamente da campanha contra o ALCA e contra diferentes Tratados de Livre Comércio e Tratados Bilaterais de Investimentos e o ISDS.

Denunciamos o poder e as ações das empresas transnacionais - do agronegócio, mineração, combustíveis fósseis, etc. - e as consequentes violações dos direitos dos povos e destruição de territórios. Desde 2012, no âmbito da Campanha Global, impulsionamos um Tratado Juridicamente Vinculante na ONU sobre Empresas Transnacionais em relação aos direitos humanos, para acabar com sua impunidade.

Desde 2015, participamos na construção da Jornada Continental pela Democracia e contra o neoliberalismo, pela integração dos povos na luta contra o livre comércio e o poder das empresas transnacionais.

Em 2016, definimos uma estratégia para desmantelar o patriarcado e todos os sistemas de opressão, tanto dentro de nossas organizações quanto em nossas sociedades.

Desde 2017, temos apostado na construção da solidariedade internacionalista para enfrentar a violência de um sistema que prioriza a acumulação de capital, se sustenta na imposição de opressões sistêmicas, atenta contra os direitos dos povos, territórios e meios de subsistência. Um sistema que explora a natureza e as classes populares, especialmente o corpo e o trabalho das mulheres, ainda mais das mulheres e dissidências racializadas.

Alguns dos objetivos da ATALC

- Atuar de forma coletiva para alcançar a justiça ambiental e social, a dignidade humana e o respeito pelos direitos humanos e dos povos, a fim de garantir sociedades sustentáveis.

- Parar e reverter a degradação ambiental e a depredação da natureza, nutrir a diversidade ecológica e cultural da Terra, e defender modos de vida sustentáveis.

-Garantir o empoderamento dos povos indígenas, comunidades locais, mulheres, grupos e indivíduos, e assegurar a participação pública na tomada de decisões.

- Provocar a transformação rumo à sustentabilidade e equidade - dentro e entre as sociedades - com abordagens e soluções criativas.

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