Ciência e Tecnologia

Cofundador da DeepMind adverte sobre os perigos da IA

Para Mustafa Suleyman, há uma "necessidade urgente de limites"; ele alerta ainda sobre a importância de se regulamentar a expansão da IA

Os avanços rápidos na inteligência artificial (IA) estão transformando a vida de milhões de pessoas e empresas, mas também geram crescentes preocupações sobre o futuro da humanidade. Mustafa Suleyman, cofundador da divisão de IA da Google, conhecida como DeepMind, compartilhou sua inquietação em relação à IA e a necessidade urgente de estabelecer limites para evitar consequências catastróficas, diz infobae.

Em uma recente entrevista ao MIT Technology Review, Suleyman enfatizou a importância de descartar a possibilidade de a IA atualizar seu próprio código sem supervisão humana. Ele se referiu a isso como ?automelhora recursiva?, uma capacidade que a IA tem de melhorar a si mesma com o tempo. Para Suleyman, a atualização desses sistemas deveria ser uma atividade autorizada, semelhante à manipulação de materiais perigosos.

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Além disso, Suleyman destacou a importância de se estabelecer ?limites que uma IA não pode cruzar? e garantir que esses limites garantam a segurança, desde o código real até a interação com outros modelos e seres humanos.

Ele também mencionou que, apesar das preocupações, é otimista em relação à capacidade de regular eficazmente essa tecnologia, observando que há questões práticas mais imediatas, como privacidade, reconhecimento facial e moderação de conteúdo.

No entanto, o executivo alertou para um desafio significativo na próxima década: a proliferação do poder da IA, que pode amplificar a desigualdade e acelerar a polarização, tornando mais fácil a disseminação de informações errôneas.

A questão da regulamentação da IA ganhou destaque recentemente, com líderes de tecnologia como Sam Altman, Elon Musk e Mark Zuckerberg se reunindo em Washington para discutir o assunto em uma sessão a portas fechadas.

Suleyman também mencionou que sua empresa, a Inflection AI, está desenvolvendo um chatbot de IA chamado Pi, projetado para fornecer suporte emocional aos usuários de forma controlável.

Por fim, Suleyman prevê que, nos próximos cinco anos, a maioria das pessoas terá acesso a uma IA ?superinteligente? que atuará como assistente pessoal, ajudando a priorizar tarefas, promovendo a criatividade e processando informações de forma eficaz. Ele acredita que a IA se tornará um ?coach pessoal e companheiro?, alinhado aos interesses individuais, indo além da simples assistência virtual.

De acordo com Suleyman, em breve, ?todo mundo terá seu próprio chefe pessoal?, um papel que auxiliará os executivos na tomada de decisões empresariais e será fundamental em muitas organizações. A regulamentação cuidadosa da IA é essencial para garantir que esse futuro promissor seja aproveitado de forma responsável e segura.

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