Ciência e Tecnologia

Cientistas estão planejando derreter a superfície da Lua usando lasers: o que eles estão procurando?

A Agência Espacial Europeia (ESA) apoia o projeto

Luna
Lua (Unsplash)

A exploração espacial continua a desafiar cientistas e especialistas em infraestrutura, especialmente no que diz respeito à criação de um habitat na Lua e em outros corpos celestes. Um dos principais desafios é a necessidade de infraestrutura crítica antes que as colônias humanas possam se tornar realidade.

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Como explica Slash Gear, transportar as matérias-primas e a maquinaria necessárias até à Lua é uma tarefa monumental, mas os cientistas têm idealizado uma solução única: derreter o pó lunar para criar material sólido para estradas e plataformas de aterragem.

O time de especialistas da Universidade Aalen da Alemanha, o Instituto BAM de Pesquisa e Teste de Materiais, a Universidade Tecnológica de Clausthal e o Centro Aeroespacial Alemão estão colaborando com o Grupo de Sistemas LIQUIFER da Áustria neste projeto. A ideia é fundir o regolito lunar da superfície para criar blocos finos com formas específicas que podem ser usados na construção de estradas e plataformas.

Método PAVER

O método, conhecido como “PAVER” (Pavimentando o caminho para a sinterização de regolito em grandes áreas), apoiado pela Agência Espacial Europeia (ESA), utiliza um laser de dióxido de carbono de 12 quilowatts sobre um material que imita a superfície lunar.

O intenso calor gerado pelo raio a laser derrete o material e o converte em um sólido vítreo ou cristalino com resistência semelhante ao concreto. Para aplicar essa técnica na Lua, o equipamento planeja usar uma lente Fresnel como concentrador de luz solar para criar um feixe de energia que derreta o regolito lunar e forme peças sólidas.

O potencial desta tecnologia é amplo. Os cientistas esperam usar o pó da lua sintetizado com laser para construir estruturas em 3D, como habitats para astrônomos, hangares e unidades de armazenamento. Estas estruturas teriam a vantagem de proteger contra micrometeoritos e radiação, o que é essencial, dado que a Lua carece de uma atmosfera que proporcione proteção.

Embora este enfoque seja promissor, reconhece-se que a construção de uma infraestrutura lunar sólida levará tempo. No entanto, dado que o pó lunar é uma matéria-prima natural disponível na Lua, esta técnica tem o potencial de poupar tempo e recursos consideráveis, além de resolver o desafio do pó lunar que pode danificar veículos e trajes espaciais.

Além disso, projetos anteriores apoiados pela ESA exploraram abordagens semelhantes, como a impressão 3D de tijolos usando luz solar concentrada, o que mostra a viabilidade de usar recursos locais em futuras missões espaciais.

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