Durante todo o ano de 2023, Bill Gates mostrou-se como um sujeito cauteloso ao analisar o fenômeno das plataformas impulsionadas pela Inteligência Artificial, como o ChatGPT. No entanto, parece que aos poucos ele tem mudado o foco de seu discurso.
No âmbito profissional e industrial, existe uma enorme incerteza sobre o que acontecerá com a humanidade e seus empregos em diferentes setores.
Mas Bill Gates trouxe o dilema para uma abordagem diferente, com um matiz distinto, ao levantar a possibilidade de que os sistemas de Inteligência Artificial sejam aliados para combater algumas deficiências.
Especificamente, o cofundador da Microsoft agora considera que os países africanos podem e precisam aproveitar a tecnologia de IA para lidar com alguns problemas sérios atuais, como a escassez atual de professores e médicos em todo o continente.
África pode ser apoiada pela IA
O cofundador da Microsoft fez uma série interessante de declarações na terça-feira, 16 de janeiro, durante uma palestra no Fórum Econômico Mundial em Davos, onde a Inteligência Artificial, como seria de se esperar, foi o tema principal das discussões.
Até mesmo Bill Gates afirmou que já está financiando uma série de estudos piloto na África para tornar realidade a chegada de tutores e médicos potencializados pela IA.
Embora tenha observado que os países em desenvolvimento estão atrasados na utilização da tecnologia, Gates afirmou que está comprometido em garantir que a lacuna usual de 20 anos entre os países ricos e pobres na adoção de tecnologia não se repita com a IA.
“É muito dramático como a IA melhora a produtividade dos trabalhadores administrativos e, mais tarde, com a robótica, ainda não, mas eventualmente, a produtividade dos trabalhadores manuais. Isso é fenomenal para o mundo. O mundo será mais rico com a IA”, disse. “Temos um enorme compromisso em garantir que não haja essa lacuna normal de 20 anos entre países ricos e países em desenvolvimento”.
“Há uma escassez de professores maior na África do que em outros lugares, uma escassez maior de médicos. E assim, não apenas inventaremos novas ferramentas usando IA, como o ultrassom, mas também forneceremos conselhos de saúde diretamente, sabe, em seu idioma africano local, totalmente adaptados às condições desses países”.
Gates declarou tudo isso, concluindo com a afirmação de que o principal motor do crescimento da IA será “a competição entre a Microsoft e o Google”.
O filantropo, no caso concreto da África, considera que isso seria como uma corrida, mas para o bem. Onde diferentes projetos e abordagens ajudarão a resolver essa situação mais rapidamente.