Uma equipe de astrônomos da Universidade de Amsterdã descobriu um novo tipo de buraco negro vampiro, estranho em qualquer concepção que se olhe.
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O evento estelar massivo é caracterizado por ter uma estrela companheira gigante vermelha. Esse tipo de sistema é muito mais raro do que os sistemas com estrelas companheiras de baixa massa, e sua descoberta abre novas possibilidades para compreender a evolução dos buracos negros e das estrelas.
O sistema, chamado ASASSN-14li, foi detectado pela primeira vez em 2014 pelo telescópio All-Sky Automated Survey for Supernovae (ASAS-SN).
Naquele momento, foi observado um brilho repentino que foi atribuído à explosão de uma estrela. No entanto, observações posteriores com o telescópio espacial Gaia e o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO) revelaram que a fonte do brilho era um sistema binário composto por um buraco negro e uma estrela gigante vermelha.
"Este é o primeiro caso em que se observa um buraco negro vampiro com uma estrela companheira gigante vermelha", explica a Dra. Anna Wu, autora principal do estudo publicado na revista Nature. "Esse tipo de sistema é muito mais raro do que os sistemas com estrelas companheiras de baixa massa, e sua descoberta nos ajudará a entender melhor a evolução dos buracos negros e das estrelas".
As estrelas gigantes vermelhas são estrelas nas últimas etapas de suas vidas. À medida que envelhecem, elas se expandem e perdem massa. No caso de ASASSN-14li, a gigante vermelha está transferindo massa para o buraco negro através de um disco de acreção. Esse processo gera uma grande quantidade de energia na forma de raios-X, que foi o que o telescópio ASAS-SN detectou.
“O estudo deste sistema nos ajudará a compreender melhor como os buracos negros interagem com suas estrelas companheiras e como podem afetar a evolução das galáxias”, afirma a Dra. Wu.