Quando a OpenAI lançou a GPT Store, sua visão era nada menos que revolucionária: criar a “loja de aplicativos do futuro”, onde os usuários do ChatGPT poderiam acessar versões personalizadas do chatbot, chamadas “GPTs”, projetadas para realizar tarefas específicas. No entanto, poucos meses depois, a realidade bateu forte: a GPT Store se tornou um terreno fértil para o spam e violações de direitos autorais, evidenciando sérias deficiências nas políticas de moderação da loja.
Uma “Epidemia de Spam” na GPT Store
Uma investigação abrangente realizada pelo TechCrunch revelou a situação precária do catálogo de GPTs da GPT Store. O catálogo está saturado de GPTs com descrições imprecisas ou enganosas, além de conteúdo que viola os direitos autorais de franquias de filmes, séries de televisão e videogames. Apesar dos supostos controles de verificação e moderação, parece que a OpenAI optou pela quantidade em detrimento da qualidade, permitindo que milhões de GPTs de origem duvidosa se espalhem pela loja.
A luta pela moderação
A OpenAI afirma que o processo de verificação dos GPTs combina revisão humana e sistemas automatizados, mas os resultados indicam que essas medidas são insuficientes para conter a maré de spam. A loja tem sido inundada por GPTs que promovem serviços de assinatura premium, infringem direitos autorais e até mesmo se passam por celebridades. Esse cenário lembra os desafios iniciais enfrentados por outras gigantes tecnológicas no lançamento de suas lojas de aplicativos, como a Apple e o Google.
A responsabilidade da OpenAI?
O rápido crescimento do ChatGPT e da GPT Store superou a OpenAI, que agora enfrenta o desafio de introduzir medidas eficazes para reverter a situação. A empresa deve priorizar a qualidade em vez da quantidade, implementar uma moderação mais rigorosa e garantir que a loja cumpra as regulamentações de direitos autorais e segurança do usuário. O futuro da GPT Store e sua promessa de ser uma plataforma atrativa e segura dependem das ações que a OpenAI tomar em resposta a essa crise.

