Há alguns dias estávamos contando sobre Dmitry Yuryevich Khoroshev, um hacker russo considerado o mais procurado do mundo pelos Estados Unidos, país que oferece USD$ 10 milhões de recompensa por informações para encontrá-lo, por ter sido parte do Lockbit, um perigoso grupo de hackers desmantelado em fevereiro passado pela NCA e que se especializava em ataques de ransomware.
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Existem muitos tipos de ataques, e também diferentes grupos ou pessoas dedicadas a esses atos de cibercrime. O primeiro? Nevil Maskelyne, protagonista do primeiro hack documentado em 1903 e é considerado como o primeiro hack da história.
Quem foi o primeiro hacker do mundo?
Há 121 anos, um mágico inglês ficou famoso por interferir em uma demonstração pública do telégrafo sem fio de Giuliano Marconi, sendo considerado até hoje o primeiro ato documentado de hacking na história.
Tudo aconteceu durante um evento na Royal Institution de Londres, enquanto Marconi tentava demonstrar a eficácia de seu sistema de telegrafia sem fio enviando uma mensagem ao físico John Ambroise Fleming. Naquele momento, Maskelyne interveio no aparelho, enviando mensagens contra a segurança do sistema de Marconi.
E claro, Marconi tinha prometido que sua tecnologia era invulnerável, mas essa promessa foi quebrada imediatamente após a intervenção de Nevil Maskelyne, um mágico que se especializou em conhecer as ondas eletromagnéticas para criar ilusões de comunicações telepáticas, um campo muito semelhante ao dominado pelo empresário.
E o que aconteceu depois? A reação a esse hack foi mista. Alguns viram essa ação como uma simples brincadeira, enquanto outros reconheceram a seriedade do problema, abrindo uma das primeiras conversas sobre cibersegurança registradas.
Até à data, os ciberataques são muito mais do que uma interferência num sistema de telecomunicações. Os problemas de segurança evoluíram para níveis alarmantes, com todo tipo de ataques maliciosos na internet e nos nossos dispositivos eletrônicos. Maskelyne foi apenas o primeiro.