Os esforços para explorar o espaço têm sido desenvolvidos ao longo de décadas. As grandes potências mundiais são precisamente as protagonistas, com missões bem-sucedidas e outras nem tanto. Um exemplo claro é o da China, que desde o lançamento de seu primeiro satélite, o Dong Fang Hong I, em 1970, tem demonstrado um avanço constante em suas missões. Mais recentemente, sua sonda Chang’e-6 realizou um aterrissagem histórico na face oculta da Lua, e o objetivo de coletar amostras nesse local foi cumprido com sucesso, retornando com êxito à Terra para a próxima fase de seu plano de pesquisa.
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Em 2024 a China alcançou um avanço histórico na corrida espacial, superando os Estados Unidos ao se tornar o primeiro país a retornar amostras da face oculta da Lua. A missão Chang’e 6 da Agência Espacial Chinesa (CNSA) foi um sucesso, pousando no deserto da Mongólia Interior e marcando um ponto de virada na competição lunar entre as duas superpotências.
A corrida espacial chinesa
Em primeiro lugar, o bem-sucedido pouso da cápsula Chang’e 6 demonstrou a capacidade tecnológica da China, com lições aprendidas que serão úteis para o futuro de seus esforços na exploração espacial. Uma clara diferença com os Estados Unidos, uma potência que nos últimos meses tem enfrentado atrasos e desafios em seu programa espacial.
Assim, a missão Chang’e 6, lançada há alguns meses, tinha como objetivo coletar aproximadamente dois quilos de regolito lunar de uma região nunca antes explorada por humanos. Como conseguiram? Através de tecnologia avançada, incluindo seu satélite Queqiao-2, dedicado a facilitar a comunicação com a Terra e que permitiu à CNSA superar os desafios da transmissão de sinais da face oculta.
Nesse contexto, o sucesso dessa missão é um bom presságio para os futuros planos da China: enviar astronautas para a Lua até 2030, potencialmente superando os Estados Unidos, que tiveram que reprogramar sua missão Artemis para 2026 após vários adiamentos.
No entanto, esta conquista também estabelece as bases para futuras missões chinesas que incluem as Chang’e 7 e 8, programadas para 2026 e 2028, respectivamente, com o objetivo de estabelecer uma presença mais permanente na Lua através da Estação Internacional de Pesquisa Lunar, em um esforço colaborativo que incluirá outros países como Venezuela, Paquistão, Rússia e África do Sul.
Enquanto isso, os Estados Unidos continuam dependendo da colaboração com empresas privadas como SpaceX, Axiom e Blue Origin para alcançar seus objetivos espaciais, então apenas o tempo dirá quem conseguirá liderar o setor espacial nos próximos anos.