Ciência e Tecnologia

O planeta está se partindo? Sonda espacial da ESA captura uma enorme rachadura em Marte

A enorme vala tem um comprimento de mais de 600 quilômetros, aproximadamente a distância entre São Paulo e Florianópolis

Cientistas que monitoram as imagens das sondas espaciais em Marte notaram a presença de uma enorme cicatriz na superfície. Eles a conheciam há algum tempo, mas agora capturaram melhores detalhes e estão tentando decifrar de onde vem essa fenda, que se estende por cerca de 600 quilômetros. O planeta vermelho está se dividindo ao meio?

De acordo com um relatório da Agência Espacial Europeia (ESA), citado pelo portal Bio Bio, a cicatriz está localizada na região do vulcão Arsia Mons, especificamente na Fossa de Aganippe.

Para termos uma ideia de quão extenso é este fosso, seu comprimento é semelhante à distância entre Florianópolis e São Paulo.

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Não há perigo do planeta se partir ao meio, mas ainda assim é surpreendente uma abertura na superfície rochosa de tal magnitude.

Esta abertura foi capturada em imagens pela sonda espacial Mars Express da ESA, que recentemente fez um voo orbital por uma região de vulcões, obviamente inativos, chamada Tharsis. É nesta mesma zona que se encontra o Monte Olimpo, o maior vulcão do Sistema Solar.

"Ainda não temos certeza de como e quando Aganippe Fossa surgiu, mas parece provável que tenha se formado quando o magma que se elevava sob a imensa massa dos vulcões de Tharsis fez com que a crosta de Marte se esticasse e se rachasse", disseram os cientistas da ESA em uma postagem em seu blog oficial.

As imagens capturadas pelo Mars Express revelam que esta depressão possivelmente pode estar associada a glaciares antigos em Marte. "Curiosamente, esta auréola só se formou no flanco noroeste do vulcão, provavelmente devido aos ventos predominantes provenientes da direção oposta, que controlam onde o gelo se acumula ao longo do tempo", relataram.

"O pó e a areia transportados pelo vento também moldaram esta área de Marte, criando padrões interessantes semelhantes a zebras à direita do quadro, à medida que o material mais escuro se deposita sobre um terreno mais claro. A superfície aqui também mostra evidências de fluxos de lava, que remontam ao período em que o vulcão estava ativo", concluíram.

Aproveitem as imagens:

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