Ciência e Tecnologia

Dois asteroides passaram perto da Terra e forneceram dados valiosos para a defesa planetária

A NASA fez um acompanhamento constante deles

Arquivo - Asteroide Ryugu UNIVERSIDAD DE TOHOKU - Archivo (UNIVERSIDAD DE TOHOKU/Europa Press)

Centenas de asteroides passam perto da Terra a cada ano, mas não se preocupe: a grande maioria deles não representa uma ameaça real de colisão. Para que tenham uma ideia, estima-se que cerca de 30 a 40 asteroides passam a uma distância menor que o dobro da largura da Terra (cerca de 30.000 quilômetros) a cada ano.

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Agora, a maioria desses asteroides são bastante pequenos, com diâmetros inferiores a 100 metros. Nesse tamanho, se entrassem na atmosfera terrestre, provavelmente se desintegrariam completamente antes de atingir a superfície, gerando pouco mais do que um espetáculo incrível de meteoros no céu.

No entanto, cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA recentemente rastrearam dois asteroides que passaram perto de nosso planeta, fornecendo informações cruciais para a defesa planetária e lançando luz sobre sua composição e formação.

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Primeiro asteroide: 2011 UL21

Descoberto em 2011, ele passou a 6,6 milhões de quilômetros da Terra em 27 de junho, o que permitiu que fosse fotografado por radar. Tinha aproximadamente 1,5 quilômetros de largura e foi classificado como potencialmente perigoso. No entanto, os cálculos mostram que não representa uma ameaça para a Terra no futuro previsível.

Surpreendentemente, foi descoberto que este asteroide é um sistema binário, com uma lua orbitando ao redor dele a uma distância de 3 quilômetros. Observações de radar forneceram informações sobre suas órbitas mútuas, massas e densidades, o que ajuda a entender sua formação.

Segundo asteroide: 2024 MK

Este foi descoberto apenas 13 dias antes de sua abordagem mais próxima, passando a apenas 295.000 quilômetros da Terra em 29 de junho. Tem aproximadamente 150 metros de largura e parece ser alongado e angular, com regiões planas e arredondadas proeminentes. Por esse motivo, foi uma oportunidade única para obter imagens detalhadas de sua superfície, revelando concavidades, cristas e rochas com cerca de 10 metros de largura.

O interessante deste asteroide é que aproximações com rochas desse tamanho só ocorrem a cada duas décadas, em média, e, embora seja classificado como potencialmente perigoso, também não representa uma ameaça para a Terra num futuro previsível.

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Uma ferramenta valiosa

As observações de radar desses dois asteroides foram feitas usando o radar do sistema solar Goldstone da NASA. Essa técnica permite aos cientistas determinar a forma, o tamanho, a rotação e a composição dos asteroides, mesmo a grandes distâncias.

Os dados coletados desses dois asteroides próximos à Terra são cruciais para melhorar nossas capacidades de defesa planetária. Ao compreender melhor seu comportamento e composição, os cientistas podem desenvolver métodos melhores para detectá-los, rastreá-los e, em última instância, desviá-los se representarem alguma vez uma ameaça para nosso planeta.

As observações também forneceram informações valiosas sobre a formação e evolução dos asteroides. A descoberta de uma lua orbitando 2011 UL21 é particularmente emocionante, pois nos ajuda a entender melhor a frequência dos sistemas binários de asteroides.

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