A inteligência artificial (IA) avançou a passos largos recentemente, oferecendo ferramentas poderosas que, infelizmente, também podem ser utilizadas para fins maliciosos.
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Um dos usos mais perturbadores desta tecnologia é a criação de imagens pornográficas falsas, conhecidas como deepfakes. Estas imagens são geradas utilizando algoritmos de IA que podem sobrepor o rosto de uma pessoa (como você) em corpos de atores pornográficos, criando vídeos e fotos incrivelmente realistas.
Recentemente, um estudante argentino foi denunciado por gerar imagens pornográficas de suas colegas. Usando ferramentas de IA, ele fundiu os rostos das jovens com corpos nus de mulheres adultas para, posteriormente, postar o material resultante em um site pornográfico.
Por que os deepfakes são preocupantes?
O uso de deepfakes tem gerado uma preocupação significativa em relação à privacidade e segurança pessoal. A possibilidade de nosso rosto ser usado sem consentimento em qualquer tipo de conteúdo — mas principalmente em pornografia — apresenta sérios riscos emocionais e sociais.
E é que estes deepfakes não só podem prejudicar a reputação de uma pessoa, mas também podem ser usados como ferramentas de chantagem e assédio.
Como o deepfake é usado para chantagear pessoas?
Deepfake é usado para chantagear pessoas em casos como:
- Criação de vídeos comprometedores: Os chantagistas podem criar vídeos falsos nos quais a vítima parece estar envolvida em atividades comprometedoras ou ilegais, como atos sexuais ou criminosos. Em seguida, ameaçam divulgar esses vídeos a menos que a vítima pague uma quantia em dinheiro ou cumpra certas exigências.
- Falsificação de identidades: Os deepfakes também podem ser usados para criar vídeos nos quais a vítima parece dizer ou fazer coisas que nunca fez. Isso pode incluir declarações difamatórias, confissões falsas ou qualquer outra atividade que possa prejudicar a reputação da vítima.
- Manipulação de informações sensíveis: Em alguns casos, os chantagistas podem usar deepfakes para manipular informações sensíveis, como conversas privadas, e-mails ou documentos, e depois ameaçar em publicá-los para prejudicar a carreira profissional ou os relacionamentos pessoais da vítima.
- Extorsão emocional: Os deepfakes podem ser usados para manipular emocionalmente as vítimas, como criar vídeos falsos de entes queridos em situações de perigo ou comprometedoras e depois exigir dinheiro ou favores para "protegê-los".
Como evitar que façam um deepfake de você?
Para te proteger contra essa ameaça, é crucial estar informado sobre as tecnologias de IA e seus possíveis abusos.
As plataformas online e as redes sociais devem implementar medidas mais rigorosas para detectar e eliminar conteúdo deepfake. Além disso, é importante promover uma maior conscientização sobre os direitos de privacidade e a necessidade de regulamentações mais robustas que protejam os indivíduos da exploração digital.
