Lembram-se da cena do skate voador Hoverboard em De Volta para o Futuro Parte II? Para muitos, marcou a nossa infância ver na tela algo que só podíamos imaginar em sonhos, com esse brinquedo genial que podia flutuar no ar. Naquela época, jurávamos que o futuro seria assim, como mostrava o filme, mas nunca aconteceu. No entanto, felizmente, há um pedacinho de toda essa ficção científica prestes a se tornar parte de nossa vida cotidiana: a levitação magnética, também conhecida como Maglev.
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Este é um tópico que já abordamos aqui no Metro no passado, praticamente há uma década, quando foi desenvolvido um protótipo de teclado de computador com essa tecnologia; mas confessamos que fizemos um pouco ao contrário, relatando alguns dos avanços mais interessantes nesse campo, mas sem antes parar para explicar e abordar o básico.
Hoje vamos entender em linhas gerais o que é a Levitação Magnética, Maglev, para que serve e quais são as aplicações mais recentes e tangíveis, além dos teclados para computador.
O que é a Levitação Magnética Maglev: começando do mais básico
Para esclarecer o uso de termos paralelos desde o início, Maglev deriva exatamente do anglicismo ‘Magnetic Levitation’, que nada mais é do que Levitação Magnética. Em poucas palavras, este termo refere-se à capacidade de fazer com que um objeto se mantenha suspenso no ar utilizando apenas forças magnéticas.
Para ilustrá-lo mais facilmente, podemos tomar como referência seu exemplo mais básico, claro e universal: imaginemos dois ímãs, cada um com suas duas polaridades. Se você aproximar os polos iguais, ambos positivos ou ambos negativos, eles se repelem. Portanto, a Levitação Magnética em princípio aproveita essa força de repulsão para fazer um objeto levitar com uma contrarreação suficiente para gerar esse fenômeno de flutuação através de um sistema de controle.
A levitação, o ato de suspender um objeto no ar sem contato físico, tem cativado a humanidade por séculos, mas por muito tempo isso era apenas assunto de material de ficção científica ou fantasia. Especialmente a variante mais popular nas últimas décadas: a levitação magnética. Um fenômeno que talvez tenha alcançado seu momento de maior divulgação graças ao personagem Magneto na franquia dos X-Men. Mas agora é uma realidade tangível.
A Levitação Magnética Maglev, pode-se dizer, é hoje em dia uma tecnologia em constante evolução. Os pesquisadores estão trabalhando em novos materiais e técnicas para melhorar a eficiência e reduzir os custos dos sistemas. Em um futuro não muito distante, é possível que vejamos a levitação magnética sendo aplicada em campos como construção, medicina e exploração espacial. Um exemplo perfeito disso é o relatório que compartilhamos em março sobre o Ironlev, mas há mais aplicações.
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Para que serve a Levitação Magnética Maglev: o básico
As aplicações da levitação magnética são muito variadas e cada vez mais surpreendentes. Aqui listamos de forma superficial as aplicações mais populares e conhecidas nos tempos recentes:
Trens Maglev: Esses trens utilizam a levitação magnética para se deslocarem em altas velocidades, reduzindo o atrito e o ruído. Neste campo, Japão e China se tornaram líderes em seu setor, desenvolvendo sistemas avançados de alta eficiência.
São utilizados em diversas indústrias para reduzir o desgaste e aumentar a eficiência de máquinas. Esta é talvez a sua aplicação mais comum no setor. No entanto, não é tão conhecida, pois o seu uso é relativamente especializado.
Exibição de produtos: Isso é relativamente novo e genuinamente impressionante. Alguns museus e lojas usam a levitação magnética para mostrar objetos de forma chamativa e original, como se fosse um truque de mágica.
Investigação científica: A levitação magnética é utilizada em diversos campos de pesquisa, como física de partículas e biomedicina. No entanto, sua aplicação nessas áreas também é relativamente limitada.
O que vem a seguir para a Levitação Magnética Maglev?
Talvez a mais recente e promissora inovação nesse campo seja o novo sistema de levitação de um objeto sem a necessidade de energia externa desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST) no Japão, liderados pelo professor Jason Twamley.
Este avanço, publicado na revista Applied Physics Letters, abre novas e emocionantes possibilidades para o desenvolvimento de sensores ultraprecisos e outras aplicações inovadoras. Cada uma das aplicações da lista anterior poderia encontrar um novo futuro de evolução aqui com esta tecnologia.
Um dos principais desafios na levitação magnética sempre foi a amortecimento de Foucault, esse fenômeno que causa a perda de energia devido às correntes induzidas no material levitado.
Mas os pesquisadores do OIST resolveram esse problema revestindo a placa de grafite com sílica e cera, transformando o conjunto em um isolante elétrico que não precisa mais de energia externa.
Estão chegando mudanças importantes neste campo e aqui no Metro reportaremos todas as novidades.