Se você já se viu rolando o feed das redes sociais sem conseguir parar, saiba que esse comportamento é mais comum do que parece. A ciência oferece explicações claras para esse hábito, que pode parecer inofensivo, mas muitas vezes se torna viciante.
A chave para entender essa compulsão está nos fatores neurológicos que influenciam nossas ações e emoções, tornando difícil largar o telefone.
O papel do cérebro no comportamento digital
Em janeiro de 2024, o site O Globo publicou um alerta de David Greenfield, psicólogo e fundador do Center for Internet and Technology Addiction em West Hartford, Connecticut.
Ele disse que os dispositivos atraem os usuários com algumas táticas poderosas. Uma delas é o “reforço intermitente”, que cria a ideia de que o usuário pode receber uma recompensa a qualquer momento. Mas o momento em que esse ‘prêmio’ chega é imprevisível.
- É como uma máquina caça-níqueis - disse Greenfield.
A cada nova postagem, uma pequena dose de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer, é liberada. Isso cria um ciclo viciante, semelhante ao que ocorre com substâncias que causam dependência, em que estamos sempre em busca da próxima “recompensa digital”.
Além disso, as plataformas sociais são projetadas para maximizar o tempo que passamos nelas. Os algoritmos identificam nossas preferências e selecionam conteúdos que aumentam a probabilidade de interação, alimentando ainda mais o ciclo de dependência.
Estratégias para reduzir o uso excessivo
Felizmente, é possível adotar medidas para diminuir o tempo gasto nas redes sociais. A conscientização é o primeiro passo: saber que estamos presos a um ciclo de recompensas pode ajudar a mudar nossos hábitos. Algumas dicas práticas incluem:
- Estabelecer limites de tempo: utilizar aplicativos que monitoram e restringem o uso pode ser eficaz para controlar o tempo nas redes.
- Desativar notificações: eliminar alertas que incentivam a checagem constante ajuda a reduzir a compulsão.
- Buscar atividades offline: encontrar prazer em hobbies fora do ambiente digital, como leitura e exercícios físicos, é fundamental para o equilíbrio.
O futuro do consumo digital
Com o avanço da tecnologia, nossas interações com as redes sociais devem continuar evoluindo. A conscientização sobre o impacto do uso excessivo e o desenvolvimento de novas regulamentações são passos importantes para criar um ambiente digital mais saudável.