Ciência e Tecnologia

O gênio que criou o mouse de computador mudou o mundo e deixou escapar uma fortuna bilionária

Este dispositivo é uma extensão natural da mão para qualquer pessoa que use um computador

Tenía un solo botón, y a pesar de su aspecto rudimentario, sentó las bases de lo que años más tarde sería una revolución en la interacción entre humanos y máquinas.
Mouse Tinha apenas um botão, e apesar de sua aparência rudimentar, estabeleceu as bases do que anos mais tarde seria uma revolução na interação entre humanos e máquinas (Youtube)

O que muitos não sabem é que a invenção do mouse não foi um fato fortuito, nem produto de uma única pessoa, mas sim o resultado do esforço e visão de um pioneiro tecnológico: Douglas Engelbart.

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Os primeiros passos em direção à invenção do mouse

Na década de 1960, a ideia de uma interface gráfica, onde os usuários pudessem interagir com imagens e movimentos, ainda estava em estágio inicial, e a maioria dos desenvolvedores não a via como uma possibilidade imediata.

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Douglas Engelbart, que foi um visionário que acreditava que os computadores não deveriam ser apenas ferramentas de cálculo, mas instrumentos que ajudassem a amplificar a inteligência humana, sonhava com um futuro em que os computadores fossem acessíveis a todos e não apenas a cientistas e matemáticos. Engelbart começou a desenvolver ideias revolucionárias sobre como as pessoas poderiam interagir de forma mais intuitiva com os computadores.

O primeiro protótipo deste dispositivo foi construído em 1963 e era uma simples caixa retangular de madeira com duas rodas de metal em seu interior, que permitiam detectar o movimento em duas direções, os eixos X e Y.

De ‘indicador de posição X-Y’ para ‘mouse’

Engelbart batizou-o como ‘indicador de posição X-Y para um sistema de tela’, um nome técnico que descreve com precisão o que ele fazia, mas quem, ao observar sua invenção e ver o cabo saindo da parte de trás, decidiu dar-lhe o nome que o tornaria famoso: ‘mouse’, devido à sua semelhança a um camundongo.

Por mais de uma década, a sua invenção permaneceu relativamente desconhecida e sem aplicação comercial. Foi apenas em 1984, quando a Apple lançou o icônico Macintosh, que o mouse encontrou seu verdadeiro lugar na informática de consumo. Embora Engelbart não tenha participado diretamente do desenvolvimento do mouse da Apple, o seu design original inspirou os engenheiros que trabalharam nessa versão.

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A partir desse momento, o mouse se tornou um componente essencial dos computadores pessoais. A Microsoft também desempenhou um papel crucial na popularização do dispositivo, pois em 1985 lançou seu primeiro mouse, juntamente com a primeira versão do Windows, um sistema operacional gráfico que, assim como o Macintosh, dependia de um mouse para interação com o usuário.

A perda da patente e a oportunidade de se tornar um milionário

A patente do mouse, que foi apresentada em 1967 e concedida em 1970, expirou em 1987. O principal motivo dessa perda econômica foi a falta de visão comercial. Para ele, o verdadeiro valor de seu trabalho residia em sua capacidade de transformar a maneira como as pessoas utilizavam a tecnologia. Nunca buscou ativamente patrocínios nem defendeu agressivamente os direitos de propriedade intelectual de sua invenção.

No total, estima-se que mais de um bilhão de mouses foram vendidos em todo o mundo, tornando esta invenção um dos dispositivos mais vendidos na história da tecnologia.

Atualmente, fala-se muito sobre a possibilidade dos mouses desaparecerem completamente, devido à popularidade das telas sensíveis ao toque, dos trackpads e da realidade aumentada, que oferecem novas formas de interagir com os sistemas digitais. No entanto, em áreas como design gráfico, programação e videogames, o mouse continua a ser uma ferramenta preferida pela sua precisão e controlo.

E embora seu criador não tenha se tornado um multimilionário, Douglas Engelbart será lembrado como um dos grandes pioneiros da informática, cujo legado continua vivo em cada clique que damos.

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