Ciência e Tecnologia

Implante cerebral permite a um paciente com ELA controlar a Alexa da Amazon com o pensamento

A ELA (anteriormente conhecida como doença de Lou Gehrig) é um distúrbio neurológico que afeta os neurônios motores

Um homem com ELA se tornou a primeira pessoa do mundo a controlar o assistente digital Amazon Alexa por meio de seus pensamentos, graças a um implante cerebral criado por uma startup de neurotecnologia sediada em Nova York.

A Synchron, uma empresa especializada em soluções de tecnologia médica, implantou sua interface cérebro-computador (BCI) em um vaso sanguíneo no cérebro de Mark, um homem de 64 anos que vive com esclerose lateral amiotrófica.

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ELA

A ELA (anteriormente conhecida como doença de Lou Gehrig) é um distúrbio neurológico que afeta os neurônios motores, as células nervosas do cérebro e da medula espinhal, de acordo com o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Acidentes Vasculares Cerebrais.

Desde que lhe foi implantado o dispositivo (que não exigiu cirurgia cerebral aberta), Mark tornou-se o primeiro humano a usar seus pensamentos para controlar um tablet Amazon Fire.

A empresa sediada em Brooklyn disse em comunicado à Business Wire que Mark pode transmitir programas, fazer videochamadas, reproduzir música, controlar dispositivos domésticos inteligentes, comprar online e até mesmo ler livros tocando mentalmente os ícones do tablet.

Implante

O BCI da Synchron foi implantado em um vaso sanguíneo na "superfície do córtex motor do cérebro através da veia jugular", o que, segundo a empresa, foi um "procedimento endovascular minimamente invasivo".

O implante permite a Mark "transmitir sem fio a intenção motora" do seu cérebro para "dispositivos pessoais com funções de apontar e clicar sem usar as mãos".

“A integração com a tecnologia inteligente e meu BCI é algo que realmente me entusiasma. É difícil imaginar viver em nosso mundo moderno sem a capacidade de acessar ou controlar dispositivos conectados como os produtos Alexa e Echo da Amazon que são tão comuns em minha vida diária”, disse Mark.

"Poder gerenciar aspectos importantes do meu ambiente e controlar o acesso ao entretenimento me devolve a independência que estou perdendo". Ao testar essa integração com a Alexa, a empresa espera ampliar as possibilidades de automação da casa inteligente para pessoas com paralisia grave.

O CEO e fundador da Synchron, Tom Oxley, afirmou no comunicado de imprensa: “A BCI da Synchron está fechando a lacuna entre a neurotecnologia e a tecnologia de consumo, tornando possível para pessoas com paralisia recuperarem o controle de seu ambiente”.

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“Embora muitos sistemas domésticos inteligentes dependam da voz ou do toque, nós enviamos sinais de controle diretamente do cérebro, evitando a necessidade dessas entradas”.

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