A NASA quer regressar à Lua com uma missão tripulada. O projeto em questão é Artemis, mas ao longo dos últimos anos, com a pandemia no meio, sofreu contratempos que foram adiando os planos.
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Dizia-se que no início de 2024 enviariam a primeira nave espacial, sem tripulação, para testar o lançamento, trajetória e aterrissagem do foguete. Depois disso, no final do mesmo ano, teríamos uma viagem com astronautas que sobrevoariam a Lua, sem pisar no solo firme do satélite natural.
Então, este par de missões de 2024 abriria as portas para o retorno oficial de dois astronautas à Lua em 2025. É desnecessário dizer que nada disso aconteceu. A NASA pretende, com a missão Artemis, estabelecer uma base de lançamento na Lua, uma estação espacial semelhante à ISS, mas orbitando o satélite natural e praticamente construir uma cidade em outro corpo do Sistema Solar.
Infelizmente, para a agência espacial norte-americana, dizer que está atrasada é pouco, já que nem sequer conseguiu viajar para pisar a Lua desde a missão Apollo, no final dos anos 60 e início dos anos 70.
A NASA deve fazer ajustes
Uma análise do especialista Eric Berger, especialista em assuntos espaciais da Ars Technica indica que a NASA primeiro precisa admitir que provavelmente perderá a corrida espacial lunar para seus adversários da Rússia e China.
Especialmente o gigante da Ásia tem um investimento brutal em matéria espacial, com o qual provavelmente vai pisar na Lua antes dos EUA. Depois de aceitar esse revés, os cientistas da NASA poderão trabalhar sem pressões e com um orçamento ajustado à realidade do que é necessário para ir à Lua.
A agência espacial norte-americana está fazendo muitos cortes, enquanto a China está fazendo o oposto, investindo mais. Portanto, sabendo dessa característica, pode-se focar nos problemas científicos que a nave espacial Orion tem com o escudo térmico, que ainda não é eficiente.
Neste sentido, para Berger, a NASA deve fazer o seguinte:
- Afastar-se da estação espacial da Lua (Lunar Gateway)
- Evitar desenvolver naves com a Boeing para a missão Artemis.
- Admitir que a China chegará primeiro.