Ciência e Tecnologia

A inteligência artificial pode ser o maior salto tecnológico que já vimos, diz CEO da NVIDIA

Não apenas IA, mas também robôs

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, reafirmou a sua visão ambiciosa de um mundo movido pela robótica, descrevendo este avanço como possivelmente o maior da história da humanidade. Na sua participação na Lenovo Tech World 2024, juntamente com o CEO da Lenovo, Yuanqing Yang, Huang destacou como a revolução da inteligência artificial (IA) poderia transformar empresas e sociedades a um nível sem precedentes.

IA: a maior revolução industrial da história

Durante seu discurso, Huang não deixou dúvidas sobre a magnitude das mudanças que estão por vir graças à IA. Ele afirmou que a revolução que está se formando será “a maior revolução industrial que já vimos”.

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Segundo o CEO da Nvidia, nos últimos 12 meses, indústrias e empresas em todo o mundo viveram um “despertar extraordinário”, percebendo que podem transformar os seus dados em inteligência digital, o que por sua vez lhes permitirá impulsionar os seus negócios e até seus países.

Essa transformação, segundo Huang, está redefinindo a forma como as empresas interagem com a tecnologia. A IA tem o potencial de reinventar completamente a computação, afastando-se dos métodos tradicionais de codificação em favor da aprendizagem automática, uma mudança que promete acelerar o desenvolvimento de ferramentas e soluções muito mais avançadas.

Da revolução do PC à era da IA

Durante sua conversa com Yang, Huang lembrou como ambos viveram várias das revoluções mais significativas da história da tecnologia, desde a era do PC até a revolução da Internet e a ascensão da nuvem móvel. Agora, segundo Huang, a computação está passando por uma reinvenção sem precedentes.

O que antes era codificação, um processo projetado para rodar na CPU, agora é aprendizado de máquina, rodando na GPU (uma área onde a Nvidia é líder mundial). De acordo com Huang, ao mesmo tempo que codifica software gerado que alimenta as indústrias, a aprendizagem automática está a criar inteligência artificial, uma ferramenta muito mais poderosa que permite às máquinas não só executar tarefas, mas aprender a executar novas tarefas de forma autónoma.

Huang mencionou o modelo Llama 3 da Meta como um exemplo importante desse avanço, pois permite que empresas de todo o mundo acessem a IA digital, desde que tenham a infraestrutura certa. Estes tipos de ferramentas prometem que a IA estará ao alcance de muito mais empresas, democratizando a tecnologia e expandindo o seu impacto global.

Agente IA: robôs digitais e físicos transformarão as indústrias

Quando questionado sobre o futuro do agente IA, Huang explicou que a IA em sua forma mais geral é, em sua essência, robótica. Estes agentes de IA, ou robôs digitais, terão a capacidade de compreender instruções complexas, decompô-las em tarefas e utilizar ferramentas para executar ações ou tomar decisões, capacidade que os tornará essenciais em praticamente todas as indústrias.

“Haverá robôs digitais, que chamamos de agentes”, disse Huang. Esses agentes poderão acessar informações, realizar tarefas e tomar ações, de forma semelhante ao que faria um colaborador humano, mas com capacidade de processamento muito maior. Além dos robôs digitais, Huang prevê um aumento nos robôs físicos que também desempenharão um papel crucial na evolução industrial.

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Colaboradores de IA: o futuro do trabalho

Huang já havia falado sobre “incorporar” agentes de IA como colegas de trabalho humanos e, em eventos recentes como o Nvidia GTC 2024, ele apareceu ao lado de robôs humanoides para ilustrar sua visão. Durante o Lenovo Tech World, ele insistiu novamente que esses agentes de IA não serão apenas ferramentas, mas colaboradores essenciais na melhoria da produtividade.

“Teremos colaboradores de IA, trabalhadores de IA que sejam bons em marketing, gerenciamento da cadeia de suprimentos e que trabalhem em estreita colaboração com todos os nossos funcionários”, explicou Huang. Esta sinergia entre agentes de IA e funcionários humanos permitir-nos-á alcançar o que Huang chama de “produtividade sobre-humana”, elevando a eficiência da empresa a níveis nunca antes vistos.

O futuro com produtividade sobre-humana

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A visão de Huang para o futuro é ambiciosa: um mundo onde os agentes de IA não apenas colaborem com os humanos, mas otimizem todos os aspectos do trabalho, desde o marketing até à gestão logística. Esta abordagem promete mudar para sempre a forma como as empresas operam, ajudando-as a tornarem-se mais produtivas e eficientes.

O futuro que Huang descreve, com robôs digitais e físicos trabalhando ao lado de humanos, está cada vez mais próximo e a Nvidia está liderando o caminho. À medida que a IA continua a desenvolver-se, o impacto desta tecnologia será profundo, transformando as indústrias e redefinindo o que significa trabalhar na era moderna.

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