Ciência e Tecnologia

Túneis interestelares: descoberto túnel que conecta o sistema solar a uma estrutura em Centauro

Um mapa 3D revela os detalhes deste túnel

Modelo solar 3D hecho por eRosita en la página de PHYS ORG
PHYS ORG

Uma equipe internacional de cientistas ganhou as manchetes no mundo da astrologia ao fazer uma descoberta surpreendente enquanto explorava as profundezas do espaço. Usando dados do telescópio espacial eROSITA, os investigadores criaram um mapa tridimensional detalhado da bolha de gás quente que envolve o nosso sistema solar. E neste mapa, identificaram uma estrutura nunca antes vista: um ‘túnel’ interestelar que liga a nossa bolha local a uma região distante na constelação de Centauro.

ANÚNCIO

Uma descoberta especial

A bolha local, conhecida como Bolha Quente Local (LHB), é uma vasta região de gás extremamente quente que circunda o nosso sistema solar. Esta bolha formou-se há milhões de anos como resultado de explosões de estrelas massivas e tem sido objeto de estudo de astrônomos há décadas.

Clique aqui para receber as notícias de ciência e tecnologia pelo WhatsApp

Usando dados do eROSITA, os cientistas observaram variações de temperatura dentro da LHB em grande detalhe, revelando uma estrutura complexa com regiões mais quentes e mais frias. Estas diferenças de temperatura são o resultado de explosões de supernovas que ocorreram no passado e contribuíram para a expansão e aquecimento da bolha.

Contudo, a descoberta mais surpreendente foi a identificação de um túnel interestelar que atravessa a LHB. Este túnel cósmico parece conectar a nossa bolha local com outra bolha localizada na constelação de Centauro, onde está localizada a estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri.

Esta descoberta levanta novas questões sobre a estrutura e evolução da nossa galáxia. Como esse túnel foi formado? Qual o papel que desempenha na dinâmica da nossa região galáctica? Os cientistas acreditam que esta descoberta pode abrir novos caminhos de investigação e ajudar a compreender melhor o nosso lugar no Universo.

Michael Yeung, investigador principal do estudo e membro do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, destaca a importância dos dados do eROSITA para esta descoberta. “Estes dados dão-nos a visão mais clara do céu em raios X até à data”, diz Yeung, “tornando-os no instrumento perfeito para estudar o LHB e outros fenômenos cósmicos”.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias