O aquecimento global e o degelo de algumas das áreas mais frias da Terra, conhecidas como permafrost, permitiram à ciência fazer descobertas arqueológicas sem precedentes. A descoberta mais recente, pertencente a uma pequena cidade localizada no oeste da Alemanha, surpreende a todos e a todos, pois foram encontrados os restos de uma civilização que foi soterrada pelo último movimento glacial do nosso planeta, há mais de 15800 anos.
Cientistas da Universidade de Durham (Reino Unido), do Centro de Pesquisa Arqueológica MONREPOS e do Museu da Evolução do Comportamento Humano da Alemanha encontraram um conjunto de rochas enterradas perto das margens do rio Reno, na cidade de Gönnersdorf.
A equipe de pesquisa, trabalhando em conjunto, desenterrou cerca de 406 plaquetas de schite, um tipo de rocha preto-azulada que se destaca por ser fácil de dividir em folhas.
As informações sobre essas rochas
Após desenterrar as mais de 400 plaquetas, cientistas das instituições citadas aplicaram uma técnica de análise fotográfica conhecida como RTI (Reflectance Transformation Imaging), que dá a possibilidade de criar modelos tridimensionais das gravuras para revelar detalhes ocultos na arte capturada.
Graças a esta técnica, os arqueólogos encontraram padrões impossíveis de captar a olho nu, numa rocha com mais de 15800 anos.
Primeiro, os cientistas identificaram que essas rochas pertenciam a um grupo de povos nômades conhecidos como Magdalenianos, que viveram no Paleolítico Superior Superior. As pedras são de um dos muitos acampamentos que eles fizeram enquanto se deslocavam em busca de condições climáticas agradáveis para subsistência.
As gravuras nas imagens revelaram que os magdalenenses deixaram registros de pesca com redes, que serviriam de informação a outras civilizações nómadas que iam passar por aquele mesmo local, relata o Ok Diario.