A Microsoft anunciou um grande passo em direção à integração de inteligência artificial local em seus sistemas operacionais: Phi Silica, um novo modelo de linguagem mais compacto, está chegando ao tempo de execução do Windows neste trimestre como parte de sua ferramenta Copilot.
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O anúncio foi feito por Pavan Davuluri, vice-presidente corporativo de Windows e Dispositivos da Microsoft, durante a apresentação da Intel na CES 2025 em Las Vegas.
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O que é Phi Sílica e por que ela é importante?
Apresentado na conferência Build 2024 em Seattle, Phi Silica é um Small Language Model (SLM) projetado para complementar Large Language Models (LLM), como aqueles atualmente alimentados pela nuvem da Microsoft.
Simplificando, Phi Silica abre caminho para que uma versão local do Copilot seja executada diretamente em PCs com Windows, sem precisar sempre depender da nuvem.
Por que isso é importante? Aqui estão os pontos principais:
- Menos dependência da nuvem: ao contrário dos LLMs, que exigem conexão com a Internet e geralmente estão sujeitos a assinaturas caras, SLMs como o Phi Silica podem ser executados localmente no seu PC.
- Maior privacidade: Com a execução local, os dados do usuário permanecem na máquina, reduzindo o risco de vazamentos para a nuvem e melhorando a privacidade.
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- Desempenho adaptado ao hardware local: os SLMs são menos poderosos que os LLMs, mas a Microsoft otimizou o Phi Silica (com seus 3,3 bilhões de parâmetros) para encontrar um equilíbrio entre precisão e velocidade, aproveitando o hardware especializado dos PCs modernos, como NPUs (Neural Unidades de Processamento).
Dessa forma, a Phi Silica promete trazer funcionalidades alimentadas por IA diretamente para o seu desktop, como chatbots, assistentes pessoais e análises em tempo real, sem a necessidade constante de conexão com a nuvem.
Como o Phi Silica funciona no Windows?
Phi Silica foi projetado para se integrar profundamente ao Copilot, a ferramenta de IA que a Microsoft lançou no ano passado. Segundo a Microsoft, recursos como o Windows Recall e outros recursos futuros de IA dependerão deste modelo para oferecer desempenho confiável mesmo no modo local.
Embora os modelos de linguagem grande sejam normalmente mais avançados e rápidos, os modelos de linguagem pequena como Phi Silica têm sua própria vantagem: eles podem ser executados em dispositivos com capacidades de processamento local, como os novos NPUs integrados em muitos processadores modernos.
Isso abre portas para aplicações mais leves, rápidas e, acima de tudo, mais privadas.
Por exemplo, em vez de enviar seus dados de voz ou texto para a nuvem para serem processados por um modelo como o GPT, o Phi Silica pode lidar com solicitações básicas diretamente no seu dispositivo, como lembretes, geração de texto e comandos específicos do sistema operacional.
Como isso se encaixa na estratégia da Microsoft?
A mudança da Microsoft com a Phi Silica é uma tentativa clara de diversificar suas opções de IA. Por um lado, os LLMs baseados na nuvem, como aqueles que utilizam serviços como o Azure OpenAI, continuarão a ser a espinha dorsal de aplicações mais avançadas que requerem muito poder de processamento.
Por outro lado, Phi Silica permite que as tarefas mais simples e privadas sejam realizadas localmente nos dispositivos do usuário.
Esta estratégia não só posiciona o Windows como um ecossistema mais integrado com IA, mas também aborda as preocupações dos utilizadores sobre a privacidade e a acessibilidade dos dados, uma vez que uma menor dependência da nuvem significa menos custos associados para os utilizadores finais.
Pavan Davuluri explicou isso diretamente durante o anúncio na CES 2025: “Phi Silica não se trata de substituir o que fizemos na nuvem, mas de complementá-lo com capacidades locais que respeitam a privacidade e se adaptam ao hardware que os usuários já possuem em casa”. .
O Futuro: Copiloto, Windows e IA Local
A chegada do Phi Silica marca um passo importante na evolução do Copilot, a ferramenta que a Microsoft está integrando profundamente em seus aplicativos e sistemas operacionais.
Com esta tecnologia, é possível imaginar um futuro onde muitas das funções de IA que hoje requerem conexão com a Internet possam ser executadas diretamente no seu computador:
- Assistentes pessoais avançados para gerenciar tarefas, e-mails e arquivos.
- Chatbots locais que entendem comandos e consultas básicas sem precisar se conectar à nuvem.
- Recursos como o Windows Recall, que aproveitam a IA para antecipar as necessidades do usuário no sistema operacional.
Para o usuário médio, isso significa que alguns dos recursos de IA mais úteis chegarão aos seus PCs de uma forma mais privada e acessível. Você não precisará mais se preocupar tanto com a velocidade da sua conexão à Internet ou com o compartilhamento de dados confidenciais com servidores externos.
Embora Phi Silica não substitua modelos mais avançados baseados em nuvem, será um complemento fundamental que permitirá que o Copilot e outras ferramentas de IA sejam mais versáteis.