Uma equipe de pesquisadores do Google DeepMind em colaboração com a Universidade de Stanford conseguiu um avanço no campo da inteligência artificial: criar réplicas digitais de pessoas com uma precisão surpreendente. Usando apenas duas horas de conversa, os cientistas conseguiram modelar a personalidade e as respostas de mais de mil pessoas com uma precisão de 85%, conforme mostra o estudo publicado na revista arXiv.
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Gêmeos digitais como algo saído de um filme
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Um dos principais avanços que esta pesquisa mostra está na metodologia utilizada. Em vez de se basearem em questionários ou dados demográficos, os investigadores optaram por entrevistas qualitativas que permitiram captar as nuances e particularidades de cada pessoa. Essas entrevistas foram transcritas e utilizadas para treinar modelos avançados de linguagem capazes de gerar respostas coerentes e personalizadas.
Para garantir a precisão deste experimento, as respostas de pessoas reais foram comparadas com as de suas réplicas ao longo de vários testes. Os resultados foram surpreendentes: os modelos de IA superaram os métodos tradicionais de previsão baseados em dados demográficos em 14%.
Esta tecnologia abre um mar de possibilidades em diversas áreas que vão desde a investigação em ciências sociais até à criação de experiências personalizadas. Os pesquisadores sugerem que esses agentes de IA poderiam ser usados para avaliar políticas públicas, estudar o comportamento do consumidor ou simular cenários sociais complexos.
Contudo, este avanço, como qualquer outro relacionado com a inteligência artificial, também levanta importantes questões éticas. A possibilidade de criar réplicas digitais quase perfeitas de pessoas levanta preocupações sobre privacidade, segurança e o potencial uso malicioso desta tecnologia. Os investigadores reconheceram estes riscos e implementaram medidas para proteger a privacidade dos participantes.
