As Nações Unidas ativaram, pela primeira vez na história, o protocolo de Segurança Planetária face à preocupação gerada pelo asteroide 2024 YR4, cuja trajetória indica uma possível colisão com a Terra em 2032. Este evento sem precedentes sublinha a crescente atenção da defesa global.
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Cálculos iniciais revelaram que o asteroide apresenta uma margem de probabilidade de impacto superior a 1%, limite que desencadeou a ativação de protocolos de monitoramento intensivo. Especialistas alertam que, caso a colisão se concretize, o impacto poderá exceder em 500 vezes a potência da bomba nuclear de Hiroshima, com consequências catastróficas a nível regional.
Apesar de a Agência Espacial Europeia (ESA) estimar em 99% a probabilidade de o asteroide passar perto da Terra sem incidentes, a comunidade científica mantém a cautela. Richard Moissl, chefe do gabinete de defesa planetária da ESA, qualificou o evento como “muito, muito raro”, embora tenha reiterado que “neste momento não há perigo”.
O Apophis, na década de 2000, foi o antecedente mais próximo que tivemos da geração de alarme sobre a sua potencial colisão com a Terra, servindo de precedente para a situação atual. Os cientistas esperam que as observações do Telescópio Espacial James Webb, programadas para março, forneçam dados mais precisos sobre a trajetória do 2024 YR4, permitindo uma avaliação de risco mais precisa.
A ESA classificou o asteroide 2024 YR4 no Nível 3 da Escala de Risco de Impacto de Turim, indicando a necessidade de monitorização detalhada por parte da comunidade astronómica e da atenção do público. Esta classificação sublinha a seriedade com que a situação está a ser abordada.
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A ativação do protocolo de Segurança Planetária pela ONU reflecte a crescente colaboração internacional em matéria de defesa planetária. À medida que mais dados são recolhidos e os modelos de previsão são refinados, a comunidade científica prepara-se para responder a qualquer eventualidade, priorizando a segurança do nosso planeta.