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Basta!

Natal e fim de ano chegando, uma época mágica. Um momento no qual as pessoas ficam mais receptivas e mais bondosas. Poderia ser assim durante todo o ano! E você já pediu seu presente de Papai Noel? Quem você gostaria de ver jogando no seu time? Especulações não faltam e surge um nome novo a cada instante. Daqui a pouco volta a novela mais repetida no fim e no início de ano: Riquelme? Ninguém merece! Atlético e Cruzeiro precisam contratar, mas nada por atacado e, sim, reforços pontuais.

Mudando de assunto, denúncias de corrupção pipocam sobre tudo e, a cada dia, uma diferente surge. Nossos legítimos representantes são os campeões! Chego a uma conclusão, a famosa “Lei de Gérson”, aquela de quem gosta de levar vantagem em tudo, tornou-se um vírus e contagia boa parte de nossa população. É um fenômeno mundial, a FIFA que o diga, mas no Brasil, está demais. Estamos atolados em “lama” e não consigo enxergar possibilidades de mudança. Acredito que nem meus netos vejam um Brasil melhor. A arbitragem passou por isso em 2005, com Edílson Pereira de Carvalho. Muitas partidas foram anuladas e o árbitro acabou punido. O esporte e a política, por toda a grana envolvida, são ótimos alvos para os bandidos! Até quando?

Poucos são presos e as punições pequenas ante tanta bandalheira. Agora, no vôlei, mais problemas. O ex-presidente da CBV, Ary Graça, teve seu nome envolvido em um escândalo. É um absurdo ver isso em um esporte tão importante e apaixonante. Os valores chegam a R$ 30 milhões e envolvem patrocínios do Banco do Brasil. Uma vergonha! Eu me lembro do famoso caso e da famosa frase: ele rouba, mas faz. Discordo, nada justifica a corrupção! Ainda bem que no vôlei temos atletas conscientes, preparados e, em alguns casos, verdadeiros heróis. Eles não merecem ver isso, aliás, ninguém merece.

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Imagino a dor dos atletas, que se sacrificaram em prol do vôlei, ao tomarem conhecimento desta denúncia. A mudança passa pela participação de cada um de nós. Vejo pessoas que cobram moralidade, mas fazem coisas erradas e acham normal este comportamento. Cobrar ética do outro pode, mas agir corretamente, não! A corrupção está se entranhando e se tornando parte do nosso DNA. Hoje, ser ético é ser fora do normal e diferente. Basta! Não podemos abrir mão de um Brasil mais justo e correto. É sonhar, lutar, resistir, acreditar em dias melhores e espero que a esperança nos torne mais fortes!

Junior Brasil é comentarista esportivo da rádio Itatiaia e da TV Band Minas, professor universitário, mestre em administração e cobriu a Copa do Mundo da África

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