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Parques temáticos

Alain-Baldacci | Divulgação

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Traduzir para o público a sensação e a emoção de visitar um parque temático é o principal objetivo da área de marketing do setor. O custo para implantar um parque no Brasil é muito alto, enquanto uma atração sai por US$ 10 milhões nos EUA, aqui o valor aumenta para US$ 25 milhões. Alain Baldacci, presidente do Wet´n Wild, conversa com a coluna.

Qual o desafio dos parques temáticos em suas estratégias de marketing?
O maior desafio é ter conhecimento do público potencial que os parques têm. Se conseguíssemos determinar com precisão quem precisamos atingir seria bem mais fácil. Entretanto, no Brasil faltam pesquisas qualitativas que apontem seguramente a realidade. Somos obrigados a fazer campanhas que abranjam a mídia geral e que têm os custos mais elevados. O ideal seria calibrarmos essa mídia dentro de um aspecto mais adequado e um público mais definido. Nosso desafio é entender como funcionam as mídias sociais, o que é uma questão muito delicada ainda, pois se trata de um mercado ainda recente. Não podemos nos aventurar sem sentir antes como ele pode influir e o que pode gerar para não corrermos o risco de cometer erros.

Como atrair mais visitantes?
Os parques têm dificuldade com a cultura do público brasileiro em visitar parques turísticos locais, conceito amplamente difundido nos EUA. Criamos vários eventos específicos, como o Magic Lights, o Réveillon, festas temáticas com formandos dos ensinos médio e fundamental II, como o Bota Fora, e competições esportivas. Esse é um grande diferencial, porque essas ações não são comuns fora do Brasil, onde o público já tem essa cultura de visitação.

Qual o cenário do mercado?
Nos EUA, que são o maior mercado mundial, os parques comercializam mais de 300 milhões de ingressos por ano, o que equivale a praticamente a população de todo o país. É como se cada habitante fosse ao parque, pelo menos, uma vez por ano. Logicamente, conta muito a presença de estrangeiros nos empreendimentos. No Brasil, o número de visitantes ds parques temáticos durante o ano fica perto dos 16 milhões. E implantar um parque no Brasil é muito mais caro. Em relação ao apoio governamental, acontecem algumas aberturas de janelas, que são temporárias e que acabam atendendo o setor, mas logo elas voltam a se fechar. É um processo extremamente burocrático ser beneficiado por essas ações. O novo ministro do Turismo, Vinícius Lages, tem se mostrado bastante sensível a essa questão e apoiado o setor.

João Faria é jornalista e sócio-diretor da Agência Cidadã

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