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Financiar um imóvel ainda é um bom negócio!

colunista  marcos-silvestreAluguel X financiamento. Com a crise econômico-financeira, as condições para financiar imóveis pioraram desde o começo do ano. Os aluguéis, por outro lado, caíram de valor por causa do excesso de oferta no setor imobiliário. No entanto, fazendo as contas na ponta do lápis, descobrimos que financiar continua sendo financeiramente bem mais vantajoso que alugar, se ao menos a pessoa interessada tiver o valor da entrada e puder arcar com uma prestação no financiamento incialmente maior que o aluguel.

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R$ 5 bilhões. a mais! Agora em julho, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil anunciaram uma nova linha privilegiada de financiamento imobiliário. Essa medida vem como contrapeso à decisão de Caixa – que responde por 2/3 dos financiamentos de imóveis do país – de aumentar os juros (jan/2015) e de elevar para 50% a entrada em financiamentos de imóveis residenciais usados (abr/2015).

 

Impacto no mercado imobiliário. Entre a nova linha disponibilizada pela Caixa (R$ 4 bilhões) e pelo BB (R$ 1 bilhão), somam-se R$ 5 bilhões de crédito novo, suficientes para liberar 15 mil novos contratos “pró-cotista”, para imóveis de até R$ 400 mil com financiamento de 85% ou R$ 340 mil. Isto equivale a cerca de 1/3 de todo o estoque de imóveis à venda na Grande São Paulo (maior mercado ofertante do país).

 

Negócio! As taxas do “pró-cotista” são baixas (entre 0,63% e 0,71% ao mês). O corretor monetário é a mirrada TR (que dará algo entre 1,5% e 2% este ano, contra quase 10% do IPCA ou do IGP-M). Estes detalhes fazem com que tais empréstimos se tornem bem atrativos. Para um financiamento de R$ 340 mil em 30 anos (360 meses), a parcela inicial (sistema SAC) ficará em R$ 3.200,00 (fora seguros, IOF e taxas). Alugar o imóvel compatível de R$ 400 mil sairia apenas metade disso (uns R$ 1.600,00), é fato.

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Porém… Enquanto a parcela do financiamento irá caindo com o tempo (por causa do SAC e do reajuste pela TR, que vai ficando muito abaixo da inflação verdadeira), de outro lado os aluguéis tenderão a subir com a inflação (IGP-M ou IPCA), ainda mais partindo agora deste patamar que já sofreu uma queda rápida e acentuada. Em menos de 10 anos, portanto em apenas 1/3 do prazo do financiamento, o aluguel terá ficado mais caro que a prestação. Nos próximos 20 anos ele continuará subindo, enquanto a prestação continuará baixando. E… uma “discreta diferença”: o imóvel será seu!

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas (Metodologia PROF® / UNICAMP), é comentarista econômico do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV. Autor de “Os 10 Mandamentos da Prosperidade”, dirige o site www.oplanodavirada.com.br.   

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