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Crescer na derrota e lutar sempre

Pois é, amigos, não foi o fim de semana dos resultados que a gente esperava em Sonoma. Apesar de o Team Penske ter chegado bem para esta última etapa – com o Juan Pablo Montoya liderando a pontuação e eu e o Will Power com chances de faturar o título também -, infelizmente não foi possível fazer valer essa vantagem conquistada pela equipe durante toda a temporada. Fizemos todo o possível, mas não deu para que o nosso capitão Roger Penske reeditasse a conquista do ano passado, inclusive com dobradinha, com o título para o Will e o vice para mim.

O esporte tem dessas coisas. A gente luta, faz o melhor que pode e se dedica de corpo e alma para conquistar vitórias e o título. Só que nem sempre tudo isso é o bastante porque todo mundo que está la faz a mesma coisa que você. Quer dizer que os seus adversários também lutam, fazem o melhor que podem e se dedicam.

Aqui na Indy não tem essa de ganhar na véspera. Essa é a grande vitrine da categoria. Vejam vocês que chegamos seis pilotos disputando a última prova em conduções de levantar a taça de campeão. Essa legião de potenciais campeões só confirmou a competitividade da categoria e não poderia haver forma mais clara de mostrar esse equilíbrio do que o empate entre, no primeiro lugar, entre os pilotos da Penske e da Ganassi que mais marcaram pontos. No final, o título foi para o Scott Dixon que, no desempate, teve uma vitória a mais do que o Montoya, que acabou em 2º, ambos com os mesmo 556 pontos. É mole?

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Eu fiquei sem chances de lutar pela vitória nessa última prova, apesar do esforço de todos do Hitachi Team Penske Chevrolet #3, porque meu carro teve problemas de balanço e por mais que a gente mexesse – e olha que mexemos bastante – não acabou dando o resultado esperado. Mudamos bastante a estratégia durante a corrida, mas mesmo assim não deu nem para entrar na briga direta pelo título nessa prova final, como também fiquei sem condições de ajudar o Montoya a conquistar esse único pontinho adicional, que faria toda a diferença.

Mas corrida é assim mesmo, um dia a gente ganha, no outro perde. O importante, na minha maneira de ver, é estar sempre competitivo e motivado. E sobre isso, graças a Deus, pude demonstrar durante toda a temporada. O negócio, então, é dar os parabéns para a Ganassi e para o Scott e, desde já, começar a trabalhar para a temporada 2016. E o que não vai faltar é trabalho desde já.

Abraço grande e até semana que vem, quando vou começar a contar como será a nossa pré-temporada.

Valeu e vamos que vamos!

Helio Castroneves, 40, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 27 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2015 sua 18ª temporada na categoria e 16ª pelo Team Penske.  

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