Acordo selado há dias garantiu a união dos dois maiores opositores à campanha de reeleição de Dilma, em 2014: o PSDB do senador Aécio Neves (MG) e o PSB do falecido governador Eduardo Campos estão “fechados”: Aécio será o candidato à Presidência e o PSB indicará o candidato à vice na mesma chapa. Estão cotados para a vaga a viúva de Campos, Renata, e o governador de pernambucano, Paulo Câmara.
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Sem definição
Para tucanos, uma possível saída de Dilma não muda as negociações com o PSB: se Temer virar presidente, o PMDB terá candidato próprio.
PSB na oposição
O PSB define no próximo dia 15, na reunião da Executiva Nacional, o posicionamento oficial de oposição ao governo Dilma Rousseff.
Dias difíceis
Álvaro Dias, que desembarca do PSDB, ouviu do PSB que o partido não pode garantir sua candidatura em 2018 em razão desse acordo.
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Sem Marina
A saída de Marina Silva do PSB garantiu ao partido espaço para negociar com o PSDB: ex-ministra de Lula, Marina não engole tucanos.
‘Quartel’ Palácio do Planalto tem 1.853 militares
Vítima de prisão e tortura na ditadura, a presidente Dilma aprecia a companhia de militares. Quase metade dos ocupantes de cargos na Presidência da República é de militares das Forças Armadas, em especial do Exército, o que torna o Palácio do Planalto uma espécie de quartel. Dos 4.192 servidores do Planalto, 1.853 são militares cedidos e mais de mil ocupam funções e “cargos de confiança” da presidente.
Domínio militar
Sem quadro próprio, a Presidência dispõe de servidores requisitados. Militares ocupam a maior parte dos cargos de chefia e de assessoria.
Quartel com clube
O “quartel” que funciona no Planalto dispõe de academia, campo de futebol, quadras de tênis, futsal, vôlei, futevôlei, que vivem lotados.
Tem para todos
Além de militares, a Presidência concentra outros 1.711 cargos do tipo DAS, boquinhas que somam até R$ 13,7 mil aos vencimentos originais.
Porteira fechada
O governo vai demitir o diretor de Administração de Furnas, para fazer um gesto que agrada o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Luís Fernando Paroli estava no cargo desde 2008, faz parte da cota do PT.
Diferenças
O deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) saiu em defesa de Eduardo Cunha. “Quatro delatores não o citaram. Quando um o mencionou, é indiciado. A presidente Dilma foi citada por todos e ninguém faz nada”.
Timoneiro
No gabinete, meio às brincas, meio sério, já chamam o presidente da Câmara de “Mao Tsé Kunha”. Só não se sabe ainda se é pelo estilo ou pela proximidade com Moreira Franco, antigo militante maoísta no Rio.
Café amargo
Pela primeira vez em 52 anos o Brasil pode ficar de fora da reunião da Organização Internacional do Café, por sua dívida de 300 mil libras. Equivalente a 3 mil sacas de café numa produção de 40 milhões. Para que o vexame seja maior, preside a entidade o brasileiro Robério Silva.
QG do desespero
Na votação do veto do reajuste do Judiciário, o governo montou QG no Planalto, com ministros disparando ligações para parlamentares, até da oposição. O clima era de desespero. Haverá nova batalha nesta quarta.
É a economia, estúpido
O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) prevê a manutenção do veto ao reajuste do Judiciário, mas não considera vitória do governo. “Existe clara preocupação com as finanças públicas”, afirma.
Racha interno
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) informou que não apoia o impeachment da presidente Dilma. Ele também é contrário à mudança do PSB para a oposição.
Cunha tour
Ainda está pendente na Câmara o relatório da viagem que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez a Nova York, em agosto. Outros integrantes da comitiva já apresentaram os documentos.
Pergunta no aeroporto
Dilma aproveita seu pulinho no exterior para fazer compras no free-shop com o dólar a R$ 4?
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos