Assim como ocorre no nosso dia a dia, a busca da harmonia é algo natural. Mesmo instintivamente, nós a procuramos em casa, no trabalho, em datas especiais, como aniversários, casamentos, Natal… Queremos nos aproximar de pessoas e situações capazes de nos complementar. E complementação não significa similaridade. Ao contrário: algum pensador já definiu o universo como a harmonia de contrários. A hamonização por contraste, aliás, é uma das elencadas ao lado. Assim como todas as outras, ela não busca a predominância de um sabor sobre outro, mas o surgimento de um terceiro sabor. Mais ou menos como ocorre nas boas relações: ninguém predomina, mas surge algo bom para quem está envolvido. Bom e prazeroso. Harmônio, enfim…
André Andrès é colunista de vinhos há sete anos. Mas sabe que ainda tem muito a aprender sobre tintos, brancos e espumantes