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Menos pior

colunista  jose-luiz-datenaEscrevo esta coluna na sexta, fechamento do jornal para o meu espaço que gosto muito aqui no Metro. Portanto, claro, com  estas mal traçadas linhas, ainda nem sei o resultado das eleições. Sei que a maioria que votou não está lá muito satisfeita.

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Muita gente foi às urnas por dever cívico, quase que obrigado por um ato que numa democracia não deveria ser obrigatório. O sentimento é natural e a culpa é da própria desgastada classe de candidatos à disposição do coitado eleitor. É como se você entrasse num mercado e não encontrasse um produto de qualidade, e aí vai o que tem para hoje.

Os políticos em sua maioria mereceram esta descrença. Alguns roubaram muito, outros prevaricaram usando mal o dinheiro público e muitos, como, aliás, é de praxe, prometeram e não cumpriram. Mas não há muito para onde correr. Votar no menos pior, no menos corrupto, no menos incapaz dá para o gasto, na triste realidade do Brasil. Um dia, não sei quando, não com esta gente nem agora, a coisa tem que melhorar. Depois da meia-noite só pode clarear. Fazer o seu papel, tentando aos poucos limpar no voto nossa infeliz realidade já é um grande passo para a cura da nossa democracia doente, quase na UTI, mas ainda assim o regime mais próximo da liberdade e princípios humanitários. Perdê-los seria dançar com a escuridão.

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