Apesar do chororô sobre a proibição de doações de empresas privadas para campanhas, os partidos políticos faturaram R$ 492 milhões do Fundo Partidário entre janeiro e agosto. E isso é só metade do que vão embolsar até dezembro. Os políticos criaram no Congresso essa forma segura de meter a mão no bolso do contribuinte sem o risco de ver a Polícia Federal na porta. Em 2015, eles nos tungaram R$ 811 milhões.
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Obra de Dilma
Em 2015, a então presidente Dilma sancionou alegremente a lei que triplicou o valor anual de dinheiro público transferido aos partidos.
PT milionário
O PT faturou R$ 73,56 milhões, até agosto. Em segundo lugar, o maior rival, PSDB (R$ 60,6 milhões), seguido do PMDB (R$ 59 milhões).
Ótimo negócio
A Rede de Marina Silva, o PRTB de Levy Fidélix e o PSDC de outro eterno candidato, Eymael, somados, levaram mais de R$ 10 milhões.
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Hipocrisia
Partidos nanicos de esquerda enjeitam o capitalismo, mas não rejeitam os milhões do fundo: PCB, PSTU e PCO juntos levaram R$ 3,8 milhões.
Aliados pedem reformas só depois das eleições
O Planalto acertou com aliados que enviará a reforma da Previdência para o Congresso somente após as eleições. É caso típico de sangria desatada, porque logo não haverá dinheiro para pagar a aposentados e pensionistas, mas, na avaliação do governo, com deputados e senadores focados na campanha, o assunto não seria discutido de forma “construtiva” e poderia acabar contaminado pelo clima eleitoral.
Sem embaraços
Além disso, Henrique Meirelles prometeu ao presidente da Câmara que não criaria embaraços para aliados às vésperas da eleição.
Em conversa com empresários, Rodrigo Maia avisou que a proposta não será aprovada neste ano, mas começará a tramitar este mês.
Prioridades
Rodrigo Maia avisou à equipe econômica do governo que é melhor esgotar o debate sobre o teto do gasto do funcionalismo público.
Chave de cadeia
Ser ministro da Casa Civil do PT virou sinônimo de cadeia. José Dirceu e Antônio Palocci já estão presos, e Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Erenice Guerra não perdem por esperar, dizem adversários.
Ralo aberto na Cemig
A estatal Cemig aumenta a tarifa alegando crise, mas dinheiro não falta para bancas de advocacia, às quais deu R$ 8 milhões de uma tacada: Belgo Advogados
(R$ 1,4 milhão), Jason Albergaria (R$ 3,1 milhões), Santos Rodrigues (R$ 1,1 milhão) e Tostes & Paula (R$ 2,4 milhões).
Mera coincidência, claro
O presidente da Cemig, Mauro Borges, e Felipe Torres, sobrinho do governador mineiro Fernando Pimentel (PT), que abiscoitou cargo na estatal de energia, estão no foco da PF na Operação Acrônimo.
Lobby regulamentado
Esta semana, líderes partidários se reúnem para discutir a regulamentação do lobby na Câmara. Os deputados acham que a proposta deve ser concluída até o fim deste ano.
Ligações perigosas
Funcionários da Dataprev andam “boquiabertos” com a presença quase diária, antes de sua efetivação, de Paulo de Tarso Campolina, que seria amigo dos petistas Guido Mantega e Carlos Gabas, despachando com o presidente que pretende substituir, Rodrigo Assumpção.
Rejeição campeã
São Paulo vive processo eleitoral atípico: os principais candidatos têm rejeição mais alta que as respectivas intenções de votos, à exceção de João Dória Jr (PSDB). Mesmo assim, por muito pouco: dois pontos.
Fórum de juízes
Nesta segunda, mais de 200 juízes, incluindo Sérgio Moro, participam do Fórum Nacional Criminal dos Juízes Federais, promovido pela Ajufe. O presidente da entidade, Roberto Veloso, vai defender que o STF mantenha a decisão de prender condenados na segunda instância.
Dia do boxe
Um projeto de lei do deputado Marcelo Matos (PHS-RJ) define 26 de março como Dia Nacional do Boxe. Trata-se de homenagem ao pugilista brasileiro Éder Jofre, que nasceu nesta data.
Pensando bem…
…pelas regras eleitorais, ainda resta uma noite de sono tranquilo aos enrolados na Lava Jato. Só uma.