Ho-ho-ho! Todo final de ano a tentação de consumo é grande: já em novembro a decoração natalina invade o comércio, tem o “esquenta” da Black Friday, e ficamos todos animados com o clima de “lá vem o Papai Noel”! Ok, a vida foi feita para ser celebrada e as grandes datas festivas nos ajudam a colocar colorido no dia a dia. Só não vale abandonar o equilíbrio financeiro para embarcar nessa “alegria” toda!
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Imperdíveis… ah é? As verbas de marketing de fabricantes e lojas para o final do ano são fortíssimas, o que significa que veremos muitos anúncios de ofertas tentadoras. Cuidado: boa parte disso pode ser puro oba-oba comercial! Para evitar falsas promoções, ainda em setembro ou outubro, vale ir se inteirando do verdadeiro preço daquilo que se pretende comprar no Natal, para poder comparar direito.
É o caso de comprar, mesmo? Antes de comprar, pergunte-se: eu quero? Eu preciso? Eu mereço? Eu posso? Eu devo? Não é porque se trata da maior data festiva do ano, e porque todo o mundo está (aparentemente) comprando, que você precisa comprar também. Ao invés de focar nas “coisas”, pode compensar mais focar nas experiências: as festas de Natal e da virada, um passeio ou até uma viagem.
Juros embutidos. Se for comprar algum bem de maior valor em parcelas, pergunte-se: as novas parcelas caberão no orçamento, juntamente com as á existentes, daquelas dívidas contratadas antes? Caberão com folga, da primeira à última? Então some os valores das parcelas e compare o total com o (verdadeiro!) preço à vista (conforme pesquisa que você fará): tem juros embutidos? Se tiver… esqueça!
Escondidinho. Um exemplo: a TV LCD é anunciada em uma certa loja em 12 parcelas “sem juros” no cartão de R$ 199,90 cada. Isso dá, no total, R$ 2.400,00. Pesquisando em outras regiões de comércio o mesmo aparelho, do mesmo modelo, na caixa, com nota fiscal e garantia, tudo bonitinho, você encontra por R$ 2 mil para pagamento à vista. Então… fica claro que estão lá R$ 400,00 de juros embutidos!
Olha a viraaada! Cuidado também para não abusar das compras de final de ano, porque logo janeiro estará aí. Como acontece em todo comecinho de ano, lá vem IPVA dos carros, IPTU da casa, e renovação do uniforme e material escolar das crianças. Tudo isso terá de caber no orçamento familiar, que anda apanhando do desemprego e da inflação. Mas… se entrar em 2017 com o “bolso direito”… vai prosperar!
Economista com MBA em Finanças (USP), atua como orientador de famílias e educador em empresas (Metodologia PROFE®). Comentarista econômico do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV, é autor de “Os 10 Mandamentos da Prosperidade” e dirige o site www.educarparaprosperar.com.br.