Olá pessoal, tudo bom? Chegamos na reta final do Verizon IndyCar Series. Depois da corrida deste domingo em Watkins Glen, o campeonato será encerrado no dia 17 na Califórnia. A prova que decidirá o título da temporada será no circuito misto de Sonoma, que terá pontuação dobrada. Isso significa dizer que estarão em jogo 104 pontos: 100 para o vencedor, 1 para o pole position, 1 para quem liderar pelo menos uma volta e mais 2 de bônus para o piloto que liderar o maior número de voltas.
Como é ponto que não acaba mais, além do líder Josef Newgarden, que tem 560 pontos, brigam pelo caneco o Scott Dixon (2º com 557), eu (3º com 538) e o Simon Pagenaud (4º com 526). Will Power (5º com 492) e o Alexander Rossi, que ganhou em Watkins Glen, e vem em 6º com 476, matematicamente ainda têm chances. É um grupo forte, que venceu 75% das etapas do ano. Não é pequena a chance de o vencedor na 17ª e última disputa do ano sair daí.
Obviamente que os dois primeiros na tabela estão em melhores condições. Qualquer um deles que vencer será campeão. A minha situação é quase a mesma, serei praticamente campeão se vencer mesmo que o Newgarden seja o 2º colocado na bandeirada. Só que aí podem pesar os pontinhos de bônus. Mas tem outra coisa: e se o vencedor for um dos outros três ou nenhum desses seis primeiros? Aí é que a coisa complica, pois são tantas as variações possíveis e o que não falta é conta para fazer. E como o meu negócio é acelerar, vou para ganhar. As contas ficam para depois.
Sobre a etapa do domingo, vou ser honesto: o 4º lugar foi um resultado muito positivo porque o domínio da Honda foi brutal em todo o fim de semana. Nós tivemos de lutar muito e o fato de eu ter sido o melhor classificado com motor Chevrolet dá bem uma ideia do que foi tudo isso. Para dar um exemplo, enquanto no final da corrida os pilotos mais rápidos da Honda estavam rodando entre 1min23s9 e 1min24s2, para eu fazer 1min24s7 estava guiando com a faca nos dentes, como se fosse em classificação. Mas se pontualmente houve essa condição adversa, em termos de campeonato o balanço foi bom. Como eu cheguei para essa corrida com uma desvantagem de 42, significa que consegui tirar 20 pontos e essa performance pode fazer muita diferença na hora de decidir o título.
Quero mandar o meu melhor abraço para o piloto brasileiro Victor Franzoni, que faturou em Watkins Glen o título da Pro Mazda, que é uma das principais categorias de acesso à Indy. Ele faturou merecidamente uma bolsa em dinheiro que permitirá a ele competir na Indy Lights no ano que vem. O garoto é fera e logo vai estar na categoria principal. É isso aí, abraço a todos e vamos que vamos!