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Desemprego de 12,6%

Traduzindo em números absolutos, a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE representa um contingente enorme de desempregados, de 13,3 milhões de trabalhadores. Todavia, se visto por outro ponto de observação, quando comparado com o trimestre anterior, o número mostra que 658 mil pessoas deixaram esse contingente para fazer parte do grupo de empregados. E quando comparado com o mesmo período de 2016, são 1,090 milhão de pessoas a mais com carteira assinada.

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O número de desempregados no Brasil é maior do que a população da Suíça (8,3 milhões), da Áustria (8,3 milhões), da Bélgica (10,7 milhões) e da Dinamarca (5,7 milhões). O Brasil possui hoje, segundo a pesquisa, cerca de 91 milhões de pessoas empregadas numa população de mais de 207 milhões. Nossa força de trabalho e de 52% da população. Ou seja, 107 milhões de pessoas. Numa conta simples, chegaríamos a cerca de 26 milhões de brasileiros em idade produtiva que não estão trabalhando. Ocorre que, na verdade, temos um número relevante de aposentados nesta faixa etária e um outro volume que não declara mais a busca por emprego.

Na prática, para cada brasileiro que está empregado outros 2,2 não possuem atividade remunerada. Ou por estar desempregado, aposentado ou ainda por não estar em idade produtiva.

Os números são ricos e deixam clara nossa demografia e os imensos desafios para ocupar uma população relevante que sai e chega o mercado de trabalho todos os anos.

Outro ponto muito relevante da pesquisa é a renda média destes trabalhadores que aos poucos vão se recolocando. Na primeira medição a renda estava em torno de R$ 2.116 e mais recentemente, na média de R$ 2.105. Ou seja, empregos com remuneração mais baixa. O que implica em menor consumo.

Os dados, de uma forma geral, combinados com o divida do setor público um pouco menor, são indicadores de início da recuperação. E não há outra maneira de sair desta situação de forma muito mais acelerada. A não ser que o Brasil estivesse focado apenas nas reformas estruturantes que ampliam a confiança do empresariado e reduzem as incertezas das contas publicas.

Mas, infelizmente ainda estamos passando o país a limpo. Entre escândalos e falcatruas esclarecidas e ainda a esclarecer.

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