Quando estamos em tratamento médico, retornamos ao consultório para que o profissional possa avaliar nossos parâmetros de saúde. Através desses parâmetros, ele pode concluir se a estratégia adotada está ou não gerando os resultados esperados.
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Da mesma forma, podemos traçar parâmetros na economia do Brasil. Para isso, o ponto de partida precisa, necessariamente, ser o ano passado, assim como os indicadores iniciais devem ser os anteriores à atual gestão do governo.
Façamos uma análise, comparando números de janeiro a dezembro de 2016 e janeiro a setembro de 2017:
A inflação (IPCA) em 2016 foi de 9,28%, enquanto até setembro deste ano foi de 2,48%. A taxa básica de juros (Selic) também caiu de 14,25%, em 2016, para 8,25% até o mês passado. A safra de grãos foi de 187,7 milhões de toneladas ante 242,1 milhões de toneladas, neste ano. O PIB passou de -5,4% para 0,3%. O saldo dos postos de trabalho era de -448,1 mil e foi para 103,2 mil. A Ibovespa passou de 51.901 para 74.319 pontos no mesmo período avaliado. As exportações saltaram de US$ 73,5 para US$ 145,9 bilhões, as importações de US$ 53,8 para US$ 97,3 bilhões e a balança comercial de US$ 19,6 para US$ 48,1 bilhões.
Ou seja, por qualquer um destes indicadores acima, nosso paciente, “a economia brasileira”, está reagindo à estratégia terapêutica adotada. Isto se torna cada vez mais material com os recentes anúncios de vigorosos investimentos de montadoras de automóveis no Brasil e no estímulo à expansão de produções que não são exclusivamente sazonais para as festas de final de ano.
O Brasil deve continuar firme sua marcha para a saída em definitivo da crise e na trajetória do crescimento, pois os desafios são enormes em absorver uma nação de mais de 13 milhões de desempregados. Mesmo com estes indicadores, o FMI (Fundo Monetário Internacional), em suas previsões, acredita que o Brasil terá um dos menores crescimentos da América Latina. Estima, também, que o PIB brasileiro pode atingir 0,7% em 2017 e 1,5% em 2018, um número tímido, porém 100% maior do que este ano corrente.
Não podemos esquecer que no próximo ano teremos eleições presidenciais. Cada brasileiro é responsável pelos rumos do país a partir de 2019 e seu voto é o que vai fazer diferença em 2018.