Esta é uma pergunta muito comum entre os pais de crianças pequenas. O que é melhor para o pequeno? Ir bem cedo para a escolinha ou ficar em casa com a babá ou outro cuidador (uma avó, uma tia)? Segundo uma pesquisa que acaba de ser divulgada, não há dúvida: levar para a creche é melhor do que deixar em casa.
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Crianças de 0 a 3 anos que frequentam a creche durante o dia têm mais rotinas que estimulam seu desenvolvimento do que as que ficam em casa com pais ou um cuidador. O estudo foi encomendado ao IBOPE Inteligência pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, uma instituição que tem na primeira infância seu foco de atuação, mostra que 89% das crianças que passam o dia – ou parte dele – em creches folheiam livrinhos e ouvem histórias contadas por alguém. Para crianças que ficam em casa, o percentual cai para 62%.
O objetivo da fundação é mapear as necessidades e interesses de famílias brasileiras a respeito de questões como rotina e percepção de qualidade de creches, além de traçar um perfil dos cuidadores.
Em todos os itens pesquisados pelo Ibope, levam a melhor as crianças que passam o dia na escola e não em casa. É o caso de atividades como brincar ao ar livre, que faz parte da rotina de 95% das crianças de 0 a 3 anos que frequentam creche e de apenas 81% das que passam a maior parte do tempo em casa. Uma diferença de 14 pontos.
A pesquisa mostra ainda que estar mais tempo em casa em muitos casos não quer dizer que há interação de qualidade com adultos: apenas 67% das crianças brincam, pintam ou desenham com adultos, enquanto na creche o índice sobe 91%.
“Existe ainda um desconhecimento sobre a importância da rotina para o desenvolvimento da criança”, explica Eduardo Marino, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. “É importante estabelecer horário para acordar, dormir, almoçar, tomar café para que a criança se sinta segura e consiga desenvolver algumas competências socioemocionais (com organização, autonomia), mas essa rotina tem de ser associada a atividades que estimulem seu desenvolvimento, como a leitura, a interação com adultos e a brincadeira.