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Vida e Carreira: Comunicação não-Violenta

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A comunicação sempre foi um dos maiores problemas nos relacionamentos pessoais e no mundo empresarial. Todos sabem conceitos e teorias, mas, na prática, encontramos um cenário de conflitos e embates.

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Saber se comunicar é uma arte e existem muitos jargões que sustentam esta afirmação. Por exemplo, “comunicação não é o que você fala, mas sim o que o outro escuta”. Quando a comunicação ocorre por e-mail ou por mensagens de texto instantâneas em smartphones, essas dificuldades aumentam. Nas empresas, é bastante comum identificar conflitos entre colaboradores, que são resultados de desentendimentos entre aquilo que foi dito e o que foi interpretado pelo outro.

O tema do texto de hoje, Comunicação Não-Violenta (CNV), tem crescido cada vez mais. O objetivo da CNV é atuar de modo a diminuir os conflitos, garantindo que seja possível entender os sentimentos e as necessidades do outro e, assim, preparar os indivíduos para uma escuta mais empática.

Os maiores conflitos surgem a partir de necessidades não atendidas, que resultam em mensagens e que, quando ouvidas, são interpretadas como julgamento, acusação ou agressão. Por exemplo, quando ouvimos de alguém a frase “você está muito distante!”, há que tipo de sentimento? Julgamento? Cobrança? Na verdade, esta fala está coberta de carência e poderia ser melhor elaborada assim: “estou me sentindo muito sozinha, você poderia ficar comigo?” Bom, dessa maneira, temos um pedido claro, sem colocar nada sob a responsabilidade do outro.

No ambiente profissional, é bastante comum ouvirmos: “por que você entregou este relatório assim? Ele não atende”. Analisando a frase anterior sob a ótica da CNV, podemos começar evitando empregar a palavra ‘por que’, porque ela leva o outro para uma defesa e justificativa, algo que impele no distanciamento do outro. Para ajustar essa frase, é importante focar no que precisa e não na falha do outro. Ficaria assim, por exemplo: “eu preciso de um relatório que possua estes dados e que estejam organizados desta forma. Você consegue me ajudar?”

Essas e outras técnicas da Comunicação Não-Violenta permitem evitar a ocorrência de muitos conflitos. Confira as etapas da CNV: escute; verifique o que é sua responsabilidade;  fale apenas sobre suas ações e sentimentos; apresente de forma clara as suas necessidades.

Quem não se comunica se trumbica. Pense nisso!


Vânia Goulart é psicóloga formada pela Ufes; mestre em Administração Estratégica pela Fucape; especialista em Psicologia Organizacional, do Trabalho e do Trânsito; coach profissional pelo ‘Personal and Professional Coaching’ e diretora fundadora da ‘Selecta’.

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