Eu sempre quis ir ao Tuju, casa premiadona do chef Ivan Ralston, de menu autoral e interessante, para quem gosta de gastronomia, poxa, imperdível. Não fui, ainda, mas fui ao Tujuína, que abriu há pouco, onde era o Tuju, na rua Fradique Coutinho, 1.248, em Pinheiros, que deve reabrir em outro lugar…
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Tipo dança das cadeiras. Eu fiquei tão feliz com a experiência. Tive a sorte de ficar na cara do gol, ou melhor, da cozinha, que é aberta, linda, silenciosa e onde todos trabalham sincronizadamente. Sempre tenho uma desconfiança com cozinha aberta, porque acho fácil o estresse vazar para o salão, e a experiência do comensal ficar comprometida. Mas ali foi um show.
Para melhorar, o chef foi muito generoso e bacanudo e ofereceu um menu para eu experimentar umpoucode(quase)tudo do cardápio, que é enxuto e certeiro. Comilona que sou, aceitei e adorei.
Vale dizer que o Tujuína tem um conceito diferente do Tuju, os pratos remetem mais ao conforto (enquanto a proposta do Tuju era mais conceitual), alguns até para compartilhar, como garoupa na brasa com banana e salada de ervas e chuleta na brasa com piquillo e batatas ao murro.
Então eu tive o prazer de provar o pão de abóbora com manteiga e azeite Borriello do couvert, azeitonas com cítricos dos aperitivos, ostras com vinagrete de papaia verde, aguachile de vieiras, ovo de pata com canjiquinha, ora-pro-nobis e creme de ouriço e ravióli de alcachofra com botarga das entradas (gente, é meu sonho praticamente jantar entradas!). E ainda o arroz meloso de camarão rosa e sobrassada e macarrão de comitiva de lula, dos pratos. Sim, ainda coube no meu singelo estômago a sobremesa, Teresinha: texturas de laranja e cachaça.
Foi sim uma festa para todos os sentidos, além dos sabores e do atendimento maravilhosos, quando rebrir o Tuju, desta vez, eu vou.
Lara De Novelli é jornalista e cozinheira formada pelo Senac no curso Cozinheiro Chef Internacional, adora um fogão e é um ótimo garfo.
Quando quiser falar comigo, mandafoods@metrojornal.com.br ou Instagram: @laradenovelli
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