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Cultivar o equilíbrio emocional ajuda a lidar melhor com a pandemia

A situação está mais grave do que nunca. Mas entrar em pânico ou virar negacionista da pandemia só vai prejudicar você e quem está ao seu redor. Como sobreviver a tantas incertezas sem espanar?

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“Cultivar o equilíbrio emocional ajuda a trazer serenidade e clareza mental para tomar as decisões acertadas. E isso é muito importante nos momentos de crise”, afirma a neurocientista Elisa H. Kozasa. Ela é certificada para ministrar o curso Cultivating Emotional Balance (Cultivando o Equilíbrio Emocional) no Brasil. O programa foi desenvolvido no Mind and Life Institute (EUA) pelo psicólogo Paul Ekman, referência no estudo das emoções, e pelo físico Alan Wallace, pesquisador das práticas meditativas.

A proposta é integrar os conhecimentos da psicologia moderna sobre a manifestação e expressão das emoções com as práticas contemplativas tradicionais, como a meditação, para ajudar as pessoas a aumentar o bem-estar emocional. Esse processo de busca de equilíbrio tem também como objetivo atingir o que os gregos chamaram de eudaimonia, a felicidade genuína.

“A felicidade edônica é baseada nas conquistas: o que compramos, consumimos… A felicidade que o outro pode me dar, que depende de fatores externos. A felicidade eudaimônica vai no sentido oposto: se baseia no que podemos cultivar em nós e levar para as outras pessoas. É aquela que vem de dentro”, diz Elisa.

Essas felicidades não são antagônicas, se complementam. No entanto, a perspectiva da eudaimonia traz mais independência para a conquista da felicidade, porque depende de nós mesmos e do que podemos trazer ao mundo.

Elisa explica que o bem-estar emocional é resultado do desenvolvimento de quatro pontos fundamentais.

1. Equilíbrio da atenção
Trabalhar o foco e a atenção é fundamental para entender melhor os nossos sentimentos e o que está acontecendo ao nosso redor.

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2. Equilíbrio cognitivo
É a compreensão real e clara dos fatos para além das nossas interpretações, sem julgamentos e ideias preconcebidas. Só conseguimos atingir esse equilíbrio se estivermos atentos.

3. Equilíbrio emocional
Buscar entender nossas emoções e a forma como elas impactam as nossas relações e a maneira como nos expressamos no mundo. “Ele depende do equilíbrio da atenção e do cognitivo. Só vamos conseguir responder emocionalmente de maneira adequada se me situar dentro do que está acontecendo de maneira adequada.”

4. Equilíbrio conativo
Se refere às nossas motivações e intenções, ao por quê de determinadas atitudes ou decisões. “Nossas motivações e atitudes são positivas, trazem benefícios para as pessoas envolvidas e para nós mesmos? Ou são apenas respostas impulsivas, que pode levar a situações destrutivas? Tomamos decisões pensadas, que buscam solucionar as questões da melhor maneira?”

A proposta aqui é melhorar a qualidade das nossas intenções e atitudes com foco em empatia e compaixão. Ampliar o nosso olhar buscando o nosso bem-estar e o dos outros. Trabalhar esses quatro equilíbrios nos ajuda a reduzir as respostas emocionais e impulsivas: freamos o trem desgovernado e o colocamos nos trilhos.

Quer saber mais? No próximo dia 10 de março, quarta-feira, começa mais uma turma do curso Cultivando o Equilíbrio Emocional na Associação Palas Athena. Informações no link loja.palasathena.org.br/cultivando-equilibrio-emocional-marco.html


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