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Brasil: o ponto final

O povo não está cumprindo a fase vermelha de São Paulo. Mas porque não pode, e não porque não quer. Milhões de pessoas de serviços essenciais têm que trabalhar de trem, metrô e ônibus – ou não tinham, mas foram jogadas no busão pela alta criminosa dos combustíveis pela Petrobras, que dá lucro, porém ameaça parar o país com essa política de atrelar o preço ao avassalador câmbio do dólar.

Quem está ali, nas estações lotadas e sem auxílio emergencial, é que pode morrer a qualquer momento – do vírus ou da fome. Foi assim na primeira onda, pior depois do “Carnaval da covid”. Na primeira onda, não se sabia muito da doença e lotaram trens, ônibus e metrô, e com agravante: não sabíamos da importância da máscara.

MEU DEUS!!! Lotação esgotada e gente sem máscara se contaminando e espalhando o vírus. Fecharam tudo, quebraram tudo e não aprenderam nada.

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Vieram as eleições e o governador disse: “o pior já passou”. Campanhas presenciais nas ruas e em ambientes fechados. Uma zona eleitoral.

O comitê de contenção (para ficar mais claro) avisou que não era hora de eleição. A doença estava voltando com força na Europa e EUA. Não ouviram. E da-lhe festa clandestina, de Réveillon e de Carnaval.

Resultado: hoje, nosso transporte é o ponto final da vida, a estação de horrores do vírus que passeia entre trilhos e asfalto matando gente sem ar nem leito, ou ainda de fome e doenças crônicas dentro de casa.

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