Na teoria, O Legado de Júpiter pode se parecer bastante com The Boys – afinal, hoje em dia o que impera nas histórias de super-heróis nas telas é justamente o olhar cínico e violento do revisionismo no gênero – mas nas minúcias as duas séries concorrentes, respectivamente da Netflix e da Amazon, podem ser bem distintas.
Enquanto The Boys expõe as fortes opiniões de Garth Ennis sobre o gênero de super-heróis, marcadas pela sátira, O Legado de Júpiter procura um meio termo entre a perspectiva crítica e o otimismo colorido que moldou a indústria. Conhecido por Superman: Entre a Foice e o Martelo, Os Supremos e Velho Logan, o quadrinista Mark Millar está mergulhado até a cabeça nos principais personagens de Marvel e DC para oferecer com O Legado de Júpiter uma desconstrução completa desse universo.
The Boys é, desde a publicação de sua primeira edição, uma paródia exagerada que refletia a frustração de Ennis com a censura de seu trabalho na Marvel e na DC. Millar, ao contrário, traz em O Legado de Júpiter uma visão muito mais conciliatória entre gerações aparentemente antagônicas de personagens e criadores. De qualquer forma, ambos são crias de uma tradição britânica que ajudou a implodir as histórias de super-heróis nos anos 1980. Cada um a seu modo, o norte-irlandês Ennis e o escocês Millar seguem os passos que Alan Moore e Neil Gaiman ajudaram a sedimentar – e que mudaram a indústria dos quadrinhos de super-herói nos últimos 30 anos.
FRASE DA SEMANA
“Estou muito ansiosa para ver o relacionamento de Harley e Hera Venenosa nas telas. Seria tão divertido. Então vou continuar importunando eles”
A atriz Margot Robbie conta que já sugeriu à Warner Bros. aproveitar a célebre dinâmica das duas personagens dos quadrinhos no cinema
NERDÔMETRO
Sobe – Tom Cruise –
O ator se adiantou a todo mundo e anunciou que vai
devolver os três Globos de Ouro que ganhou
Desce – Globo de Ouro – Acusada de panelinha e jabá, a organização sofre boicotes e evento não será transmitido pela NBC em 2022