Estávamos com muitas saudades de visitar uma exposição, caminhar por entre obras de arte, contemplar cada detalhe.
Nossa metrópole multifacetada é muito rica em variedade de exposições, que estavam restritas para visitação devido à quarentena. E acabamos ficando órfãs deste privilégio.
A primeira apreciação da arte ocorre de fora para dentro, através da observação de elementos como equilíbrio, movimento, cor, forma, ritmo, conectando-nos a recursos internos que despertam o olhar de dentro para fora. Talvez, por isso mesmo, sentimos falta desse tipo de experiência.
Segundo a arte-educadora Ana Mae Barbosa, “a arte amplia o desenvolvimento da interpretação, através da qual o indivíduo amplia a sua inteligência e capacidade perceptiva, podendo aplicar em qualquer área de sua vida”.
Para vivenciarmos toda essa experiência especial com segurança, agendamos a visita ao MASP pelo site, com hora marcada. No dia da visita, usamos duas máscaras, além de usar o álcool gel de todos os andares.
Começamos pelos 1º e 2º subsolos, na exposição da Beatriz Milhazes, uma artista plástica carioca que navega pela pintura, gravura, ilustração. Sua marca registrada são as formas circulares, coloridas e carnavalescas de suas telas.
Gostamos de visitar esta, que é a maior exposição dedicada à artista, com obras feitas a partir de 1989. As obras de vários tamanhos e colorido vigoroso criam a percepção de movimento, conforme mudamos de posição.
A exposição da Beatriz Milhazes ocorre tanto no MASP (até 06/06/2021) como no Itaú Cultural (até 30/05/2021). Estão expostas 170 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, tapeçarias, livros e documentos, considerando os dois locais de exposição.
No primeiro andar do MASP está a exposição sobre Edgar Degas, cujas obras já fazem parte do acervo permanente do museu e que aqui dialogam com as fotografias da artista brasileira Sofia Borges. Desse diálogo, corpo em movimento no espaço ganha uma nova dimensão. Fazia 14 anos que o MASP não exibia as 76 obras do artista em uma mesma exposição.
Aproveitamos a visita para apreciar o acervo permanente no último andar. Afinal, estávamos no museu mais importante do hemisfério sul, o que nos enche de orgulho. E, a cada visita, sempre descobrimos novos olhares e despertamos novos sentimentos.
Na próxima visita, queremos almoçar no A Baianeira, que estava fechado. Já conhecemos o restaurante, cuja matriz é na Barra Funda e sabemos que vale a pena repetir a refeição.
• Ingressos: R$44 (Inteira)
e R$22 (meia).
• Ingressos https://masp.byinti.com/#/ticket/eventInformation/xUEzJmdGZFtwCD1Olftc (é preciso reservar o ingresso até para terça-feira, o dia gratuito do MASP)