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Tudo bem deixar a peteca cair

“Não sei de onde tiraram essa ideia de que nós somos capazes de dar conta de tudo e acertar o tempo inteiro.” A indagação é da educadora parental Telma Abrahão, autora do best seller “Pais que Evoluem”. Segundo a especialista, existe uma cobrança exaustiva pela perfeição entre os pais de hoje em relação à criação dos filhos. Além do efeito dessa pressão sobre os próprios pais, Telma se preocupa com o resultado disso no desenvolvimento dos pequenos. Que recados eles estão passando aos filhos quando se comportam assim?

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Primeiro jogo

“Dia desses, eu e minha filha fizemos a nossa peteca e assim que ela ficou pronta, sugeri um campeonato”, conta a escritora. Era o primeiro jogo da menina e a dupla não conseguia dar muitos passes. Logo a peteca caia. E, claro, a filha de Telma frustrou-se porque a peteca caía mais pelas mãos dela. Mas ouviu da mãe que estava tudo certo.

Tortura psicológica

Segundo Telma, dizer a uma criança frases como “não deixe a peteca cair, senão você vai perder!” é quase uma tortura psicológica. É enviar a mensagem de que não podemos errar nunca. Pais e mães não devem mandar essa mensagem para os filhos – e nem para si mesmos.

Humanos e imperfeitos

“O medo de errar  – de falhar, de fracassar na criação dos filhos, de não saber educar direito, de causar algum trauma – é o que eu mais escuto dos meus seguidores nas redes sociais”, conta a escritora. Mas ela lembra que mesmo com as melhores intenções, todos os pais vão errar. Pelo simples fato de que são humanos, imperfeitos.

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Parte da jornada

“Podemos aprender a errar menos? Sim, claro! Se tomarmos consciência e buscarmos nos desenvolver”, afirma a escritora. “Mas a peteca vai cair? Sim, vai! De vez em quando ela vai cair e está tudo bem, faz parte da jornada.” O segredo está em persistir. É preciso jogar a peteca de novo, abraçar a imperfeição e se permitir desenvolver e divertir enquanto “joga”.

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