Por mais que tenha dinâmicas parecidas e os mesmos jurados, Paola Carosella acredita que há diferenças fundamentais entre o «MasterChef Brasil» e o «MasterChef Profissionais» – ambos talent shows culinários dos quais faz parte do júri.
ANÚNCIO
«A edição profissional tem um tempero bem diferente da edição com amadores. Os dois são muito queridos, mas são dois formatos muito diferentes. Na temporada de amadores, temos participantes de muitos cantos, de muitos lugares e conectados com a gastronomia de diferentes formas», explicou.
Leia mais:
Masterchef: a competição ficou muito difícil, afirma Jacquin
MasterChef: Vai ter mais pressão, cobrança e determinação no Profissionais, diz Fogaça
MasterChef Profissionais: conheça os 16 participantes da segunda temporada, que estreia dia 5 de setembro
«Tem quem aprendeu a cozinhar com a mãe, tem quem é mãe, tem quem é chef de final de semana. Mas todos eles vivem de outra profissão e, na gastronomia, encontram o sonho de conquistar algo», argumentou. «Quando recebemos os participantes do MasterChef Profissionais, estamos em um jogo com pessoas que estão colocando tudo em risco, porque a profissão deles é a gastronomia», afirmou.
«Muitos deles têm restaurantes abertos, muitos vivem de fazer eventos, de alimentar e de cuidar de pessoas. Então, o nome deles está em jogo. Por isso, admiro os cozinheiros profissionais pela coragem. Por falarem: ‘Eu tenho certeza do que eu sou, eu vou mostrar aquilo que eu sou e vou correr o risco de quem me avalia não ache a mesma coisa que eu’. E isso acontece muito. A gente tem que ter muita certeza sobre o que está fazendo, porque o tempo inteiro estamos sendo avaliados», disse.
«No meu restaurante, eu estou sendo avaliada por 200 pessoas todo o dia. Todas gostam do meu trabalho? Não, muitas não. Mas eu tenho certeza do que eu faço e como faço, para continuar fazendo aquilo. Se necessário mudar, eu tenho habilidade e coragem de mudar, mas está dentro da intimidade do meu restaurante», continuou a chef de cozinha argentina.
«Eles vêm à televisão, colocam tudo o que eles têm em jogo e correm um grande risco. Porém, acho que nenhum deles perde porque – mesmo recebendo críticas, mesmo sem ganhar – a própria experiência de você colocar tudo em jogo com a cabeça alta, dá um salto na carreira dele, na autoestima deles. Depois do MasterChef Profissionais, eles podem fazer o que quiserem», afirmou.
ANÚNCIO
«A sensação que eu tenho é que, na edição com cozinheiros profissionais especificamente, nada do que acontece dentro do estúdio pode ser ruim para eles. Só depende deles, como eles se mostram como pessoas. Como cozinheiros, nós vamos avaliá-los como cozinheiros. Agora, a personalidade é algo que já não tem tanto a ver assim com a gente», completou.
Ao final, Paola Carosella ressaltou o desafio que é fazer cada nova edição do MasterChef. «Vão passando as temporadas e nós temos que trazer uma coisa nova. Sinto que nós cumprimos com isso. Sinto que mesmo sendo o Fogaça, o Jacquin, a Paola e a Ana, a cada temporada nós estamos um pouco diferentes. Estamos mais ágeis, mais rápidos e mais conectados. Isso traz uma energia para o programa que é muito boa. Essa familiaridade que nós quatro tempos também abraça os participantes de uma outra forma», finalizou.