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“Liga da Justiça” é destaque entre filmes que chegam aos cinemas; confira estreias

(Foto: Divulgação/Facebook)

Veja um resumo dos principais filmes que estreiam nos cinemas do país no feriado desta quarta-feira:

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“LIGA DA JUSTIÇA”

– Materializando o lema “a união faz a força”, a aventura de ação de Zack Snyder conta com um notável quinteto de super-heróis de diferentes gerações para enfrentar a mais recente ameaça rondando a Terra: o Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), que tenta reunir três “caixas maternas” que haviam sido escondidas em diferentes pontos do planeta, capazes de dar-lhe um poder de destruição passível de transformar tudo num inferno.

Desde a morte de Superman (Henry Cavill) – vista em outro filme de Snyder, “Batman vs Superman – A Origem da Justiça” (2016) -, os super-heróis desapareceram de vista. Sentindo-se culpado pela morte do outro, Batman/Bruce Wayne (Ben Affleck) decide convocar outros colegas para encarar a ameaça presente, como a Mulher-Maravilha/Diana Prince (Gal Gadot) e o Aquaman/Arthur Curry (Jason Momoa), encontrando alguma resistência especialmente do último, acostumado que está a agir sozinho.

É o momento, também, de recorrer aos talentos da nova geração, como Victor Stone/Ciborgue (Ray Fisher) e Barry Allen/The Flash (Ezra Miller), ambos ainda lidando com poderes que não sabem muito bem utilizar. Batman, no entanto, tem uma agenda secreta: conta poder utilizar o incrível poder regenerador de vida das três caixas para tentar ressuscitar o Superman. Um plano arriscado e cheio de possibilidades imprevisíveis, que oferecem a parte mais instigante do roteiro assinado por Chris Terrio e Joss Whedon.

“HUMAN FLOW – NÃO EXISTE LAR SE NÃO HÁ PARA ONDE IR”

– O documentário do artista chinês Ai Weiwei, que abriu a 41ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, começou a ser idealizado em 2015 – pouco antes da detenção de Weiwei na China.

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De várias maneiras, o tema dos refugiados, que percorre a obra, é próximo do artista chinês – ele mesmo obrigado a emigrar para a Alemanha, depois que sua prisão na China o deixou temeroso de um “desaparecimento”, privando seu filho Lao, de 8 anos, de sua presença. A preocupação, no caso, não era nada teórica, já que o próprio Weiwei teve de crescer sem o pai, o poeta Ai Qing (1910-1966), afastado da família por cerca de 20 anos, num campo de trabalhos forçados, por ser considerado dissidente.

A própria chegada de Weiwei ao Brasil, para abrir a Mostra, sofreu atraso, já que funcionários da companhia norte-americana United Airlines, consideraram erroneamente que seu visto brasileiro não estava mais válido.

Nada disso parece abalar a tranquilidade do artista, de 60 anos, que visitou cerca de 40 campos, em 23 países, reunindo cerca de 900 horas de material cuja edição ainda não foi completada – apenas parte dele pode ser visto em “Human Flow…”, que reúne deslocamentos recentes, como a dos sírios e africanos que desembarcam diariamente na Europa, tanto como a situação crônica de exílio de outros sírios na Jordânia e de palestinos no Líbano, passando pelo Iraque, Afeganistão e até a fronteira entre o México e os EUA.

“VICTORIA E ABDUL – O CONFIDENTE DA RAINHA”

– Papéis de rainhas não são estranhos a Judi Dench, que já abraçou o da rainha Victoria em “Sua Majestade, Mrs. Brown” (1997) e rainha Elizabeth I em “Shakespeare Apaixonado” (1998) – este, dando-lhe o Oscar de melhor atriz coadjuvante por menos de 10 minutos em cena.

Ela volta ao papel de Victoria no drama de época “Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha”, em que o diretor Stephen Frears resgata a inusitada amizade entre a soberana, já em idade avançada, e um servidor indiano, Abdul Karim (Ali Fazal).

Trabalhando no correio em Agra, Abdul é selecionado para viajar até Londres e entregar uma moeda comemorativa à rainha. Por sua elevada estatura e um comportamento um pouco fora do protocolo, ele acaba atraindo as afeições da soberana viúva, sufocada pelo rígido cerimonial do cargo e extremamente solitária.

Do modo como o roteiro de Lee Hall o retrata, sem profundidade, é difícil saber o que se passa na mente de Abdul que, de um modo ou de outro, acaba dando-se bem ao ser nomeado pajem da rainha.

Judi Dench é uma atriz magnética, a quem sempre se tem o prazer de seguir, mesmo que seu papel aqui não a contemple à altura.

“A TRAMA”

– Ganhador da Palma de Ouro em 2008, por “Entre os Muros da Escola”, o francês Laurent Cantet retoma o universo de jovens estudantes num filme que aborda de maneira incisiva os problemas da Europa contemporânea. O cenário é a cidade de La Ciotat, sul da França, onde um estaleiro, atualmente desativado, era fonte de trabalho.

Um grupo de jovens, sob a orientação de uma escritora parisiense (Marina Föis), participa de uma oficina de escrita criativa. A ideia é abordar antigos temas sociais do local em busca de compreender suas próprias identidades. Um desses alunos, Antoine (Matthieu Lucci), revela uma inquietante admiração por posições à extrema-direita, caracterizando-se por um comportamento arredio.

Cantet investiga, por meio desses personagens, as dinâmicas sociais do presente no seu país. A relação entre a escritora esclarecida e metropolitana e seus alunos das mais diversas origens étnicas dá o tom ao filme. Mas é o olhar para o que está acontecendo na Europa do presente que eleva a obra a um patamar mais alto.

“UMA RAZÃO PARA VIVER”

– O ator Andy Serkys – mais conhecido por interpretar Smeagol, em “O Senhor dos Anéis” – estreia na direção neste drama inspirado na vida de Robin e Diana Cavendish – pais de um dos produtores do filme. Ainda jovem, o protagonista (Andrew Garfield), morando na África, no final dos anos de 1950, contrai pólio e os médicos lhe dão poucos meses de vida.

Com a sua esposa (Claire Foy) e o filho recém-nascido, volta para a Inglaterra, onde seria obrigado a viver num hospital por causa do aparelho que o ajuda a respirar. Um cientista (Hugh Bonneville), porém, acaba desenvolvendo uma cadeira de rodas especial que permite carregar o equipamento.

A história que Serkis escolheu para contar é comovente e importante, mas ele carrega excessivamente na emotividade em alguns momentos. Em outros, higieniza por demais a presença inglesa na África, romantizando a exploração e o massacre, transformado num suicídio zen.

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