Se a cartilha de como lançar um disco de sucesso recomendasse uma pesada campanha de marketing, o rapper Drake teria feito tudo errado. Afinal, ele pegou os fãs de surpresa no fim de janeiro ao disponibilizar nas plataformas digitais o inesperado EP “Scary Hours”.
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Mas, para um artista que vendeu mais de 10 milhões de álbuns em menos de uma década, as normas convencionais do mercado já estão obsoletas.
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Uma das duas faixas do trabalho, “God’s Plan”, estreou direto na primeira posição da parada de singles dos Estados Unidos, a Billboard Hot 100, enquanto “Diplomatic Immunity” ingressou na sétima colocação. Somadas, as duas canções tiveram mais de 55 milhões de reproduções no serviço de streaming Spotify em apenas sete dias.
Todo esse sucesso é reflexo do amadurecimento musical de Drake, que, desde seu último disco, “Views” (2016), vem demonstrando capacidade de inserir elementos singulares a letras de rap que versam sobre temas triviais, como romances ou festas.
Em “Scary Hours”, o canadense de 31 anos rompe com a tendência de misturas melódicas e refrões pegajosos, como apresentado no hit “One Dance”, e se aproxima de uma sonoridade mais crua.
Com apenas duas músicas, o EP deixa uma vontade de se ouvir mais daquilo. Ainda assim, é a mostra do porquê, em pouco tempo, Drake já tem números tão superlativos.