O fenômeno “Doctor Who” não para de render frutos. Após um 2013 repleto de comemorações pelos 50 anos do personagem criado pela emissora BBC, é hora de os fãs brasileiros da série britânica terem acesso, enfim, a “Shada”.
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Esse foi o nome escolhido pelo escritor e comediante Douglas Adams (1952-2001) para batizar a saga de seis episódios roteirizados por ele para o encerramento da 17ª temporada do programa, exibida entre 1979 e 1980.
À época, o autor ostentava duas credenciais de peso: ter feito parte do time de roteiristas do grupo de humor britânico Monty Python e ter sido a mente por trás da série radiofônica “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, que se transformaria anos depois em fenômeno mundial ao ser transformada em livros com mais de 15 milhões de cópias vendidas pelo mundo.
Apesar disso, “Shada” nunca foi exibida: greves inviabilizaram a gravação de todas as cenas. O que foi registrado veio a público somente em 1992, com as partes faltantes narradas por Tom Baker, o ator responsável por viver o Doutor naquela temporada.
Mais de 30 anos depois, a história foi resgatada por Gareth Roberts, um dos roteiristas da fase atual de “Doctor Who”, que decidiu transformar os episódios no livro “Shada – A Aventura Perdida de Douglas Adams”, recém-lançado no Brasil.
A trama põe o Doutor e sua assistente da vez, Romana, na missão de salvar o Universo de Skagra, cientista em busca do conhecimento supremo e do poder sobre todas as criaturas – algo que ele apenas conquistará se tiver acesso à prisão de Shada e, consequentemente, ao criminoso Salyavin, capaz de controlar a mente das pessoas.
A leveza e o bom humor de Adams dão origem a uma história que faz jus tanto à obra dele quanto ao legado de “Doctor Who”, tornando “Shada” uma leitura agradável tanto para os fãs do personagem quanto do imaginário do autor inglês.