ANÚNCIO
O último trabalho de Lily Allen foi “It’s Not Me, It’s You” (2009). Era a despedida da cantora britânica do mundo da música, pelo menos por um tempo. Cansada daquela vida, ela decidiu se dedicar a cuidar da família, longe dos holofotes.
A mudança não demorou muito e Lily volta à ativa com “Sheezus” – provocação confessa à “Yeezus”, de Kanye West. E, se antes a autora de hits como “The Fear” ou “Smile” tratava de assuntos joviais de maneira irônica, agora ela faz… a mesma coisa. Lily escolheu retornar ao estrelato do ponto onde parou, em composições ácidas e mergulhadas no pop, muitas vezes sem qualquer profundidade, como “Air Balloon” “Hard Out Here”.
Do outro lado, Lana Del Rey chega ao seu segundo álbum. Cultuada por uma multidão de jovens garotas de flores na cabeça, a cantora norte-americana aposta em músicas com arranjos mais delicados e, ao mesmo tempo, audaciosos.
Composições como “Brooklin Baby” e “West Coast” e “Shades of Cool” mostram o caminho seguro que Lana decidiu seguir em “Ultraviolence”, um álbum maduro e que marca uma postura audaciosa da artista. Parte dessa iniciativa pode ser creditada a Dan Auerbach, vocalista e guitarrista do Black Keys, que produziu o disco e teve a habilidade de deixar a obra grandiosa.
E nas comparações entre os trabalhos de Lana, 28 anos, e Lily, 29, a impressão é que a primeira só enxerga o futuro, em apostas menos óbvias e um tanto psicodélicas, enquanto a segunda não tira os olhos do passado em um pop sem sentido.
ANÚNCIO
Confira outros lançamentos:
Não estava programado lançar esse novo disco, mas o acaso entrou em ação e a cantora baiana se inspirou no passado para interpretar as 13 canções do disco, que falam em tons poéticos de suas memórias de infância no interior da Bahia, sobre a mãe, Dona Canô, e do homem da terra, o caboclo do Brasil.
O mais novo álbum da cantora paulistana tem direção certa: o samba. E, para celebrar o tradicional ritmo, Paula convidou Leandro Sapucahy para produzir, além de ter ao seu lado participações especiais de Péricles, Xande de Pilares e Arlindo Cruz, na música inédita “Aliança das Marés”.