«O tema deste ano é ‘Feel the Future’ (‘Sinta o Futuro’), que é um conceito que envolve tudo o que vai mudar nos próximos anos e que temos de começar a pensar, principalmente com relação a trabalho já que vários estudos, como um feito pela Universidade de Oxford, mostram que daqui a no máximo 40 anos quase tudo poderá ser feito por máquinas e ficaremos sem emprego”, explica Paco Ragageles, CEO e fundador da Campus Party, durante coletiva para a imprensa antes da abertura oficial do evento.
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De acordo com ele, é mais do que necessário olhar para a frente pensando em como esse processo pode nos afetar desde já. “Nossa missão aqui é discutir sobre quais tecnologias estão mais próximas de existir, apresentar dados que ajudem nessa sensibilização e mostrar possíveis soluções de como lidar com isso», conclui Ragageles.
A importância do tema foi reforçada pelo presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, que diz acreditar que para que tudo funcione melhor é preciso existir uma ação coordenada com prefeituras, governadores e parlamentares. “Para lidarmos com o futuro, a revolução deve começar nas cidades, com o wi-fi gratuito, com mais investimento em startups de tecnologia. Temos de pensar mais em ‘Smart cities’ (‘Cidades Inteligentes’)”, afirma.
Ele aproveitou para divulgar uma carta aberta direcionada ao Ministro da Cultura (MinC), Juca Ferreira, por conta da falta de apoio à Campus Party Brasil 2016, que não recebeu benefício da Lei Rouanet. “Negar incentivo à cultura digital não é só negar o presente, é excluir do futuro milhões de jovens de todo o Brasil”, diz parte do documento escrito por Farruggia.
O presidente do Instituto Campus Party também anunciou na coletiva que a cidade de Brasília receberá uma edição da feira em 2017. A ideia é tratar de temas diferentes daqueles que foram tratados em outras edições brasileiras, como a de Recife. O foco será apresentar palestras sobre Dados Abertos e Transparência, além de Trabalho e Educação do Futuro.
Atrações high-tech
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A CPBR9 acontece até o próximo domingo, 31, e terá mais de 700 horas de conteúdo e atrações praticamente 24 horas por dia. Destaque para os workshops que ensinam como a montar um braço robótico ou fazer óculos de realidade virtual, e as oficinas de games. A feira também aumenta o espaço para o encontro de mentores e jovens que pensam em criar um negócio, o Startup & Makers Camp, além do Campus Future, que ajuda as universidades a trazerem projetos para que o público conheça.
Outro destaque da Campus Party 2016 é a lista de 15 palestrantes, que conta com nomes de peso como o ativista cyborg Neil Harbisson, a astrofísica brasileira Thaisa Storchi Bergmann, Grant Imahara, participante do programa MythBusters, a executiva Marie Cosnard, que faz parte da equipe do aplicativo Happn, e Daniel Matros, produtor de jogos como “Battlefield”.
A agenda completa das atividades e palestrantes por ser vista no site oficial do evento.