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Frank Ocean quebra pausa e reinventa o pop com ‘Endless’ e ‘Blond(e)’

Em um momento da música pop em que o lançamento de álbuns com uma história única está em alta – vide ‘Lemonade’ de Beyoncé e ‘Anti’ de Rihanna –, Frank Ocean lança dois CDs expandindo esse universo tanto que quase deixa de ser pop: é vanguarda.

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Os dois lançamentos são exclusivos da Apple. O video-álbum ‘Endless’ só está disponível para assinantes de seu serviço de streaming (há um pacote gratuito de três meses)  e o disco ’Blond(e)’ – grafado hora com e hora sem o “e”–só pode ser comprado por iTunes. Para quem reclama de falta de renovação na música, porém, vale a compra.

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Oriundo de um coletivo de rappers, o cantor não abandona essa base, como no single principal de ‘Blond(e)’, mas experimenta outras estéticas. A voz poderosa de Ocean é mascarada em boa parte das músicas por batidas nebulosas, silêncios, barulhos e distorções, todos elementos apontados como mal-vistos na música pop, mas que de alguma forma funcionam com o músico americano – afinal ele lidera as vendas da parada britânica atualmente.

Um bom caminho para entender o CD talvez seja ir das músicas mais radiofônicas como ‘Pink+White’ e ‘Nights’ até as quase declamações poéticas de ‘Facebook story’ e ‘Skyline To’ – não importa o estilo, todas elas tratam de decepções amorosas.

Já ‘Endless’ é um video-álbum com menos dinheiro e ainda mais abstração que o de Beyoncé. Em alguns momentos, o ouvinte não sabe estar ouvindo um CD, afinal não há faixas separadas, ou imerso em uma instalação de arte.

De fato, o trabalho de Frank poderia estar na parede de qualquer museu, mas funciona também no fone de ouvido.

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