Angelina Jolie, representante especial da agência de refugiados das Nações Unidas, fez um apelo apaixonado nesta última quarta-feira (15), pelo internacionalismo, diante de guerras que expulsam as pessoas das suas casas e uma “maré de nacionalismo disfarçada de patriotismo”.
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A atriz de Hollywood, falando nas Nações Unidas em Genebra, pediu um compromisso renovado com a “imperfeita” organização internacional e com a diplomacia para resolver conflitos.
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«Se governos e líderes não estão mantendo a chama do internacionalismo viva hoje, então nós, cidadãos, precisamos”, afirmou ela durante a palestra anual Sérgio Vieira de Mello, em homenagem ao brasileiro das Nações Unidas morto num ataque a bomba em Bagdá em 2003.
«Nós vemos uma maré crescente de nacionalismo, disfarçada de patriotismo, e a volta de políticas incentivando o medo e o ódio de outros”, alertou a estrela.
Angelina Jolie não fez referência direta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo governo está revisando o seu financiamento para as Nações Unidas e a sua participação no Conselho de Direitos Humanos da organização.
«Muito do medo que observamos hoje em relação a refugiados, estrangeiros, é produzido pela ignorância, geralmente alimentando políticos também”, declarou a ex de Brad Pitt.
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«Temos que reconhecer o dano que fazemos quando minamos as Nações Unidas, ou a usamos de forma seletiva – ou de forma nenhuma –, ou quando confiamos na ajuda humanitária para fazer o trabalho da diplomacia, ou damos às Nações Unidas tarefas impossíveis e não a financiamos”.
Nenhum apelo humanitário para governos doadores no mundo tem recebido metade da quantidade necessária, afirmou ela. Operações em quatro países onde 20 milhões de pessoas estão à beira da morte devido à fome, no Iêmen, Somália, Sudão do Sul e Nigéria, estão seriamente subfinanciadas.